Do Todo Segundo

Em clima de muita comoção foi sepultado nesta segunda-feira, dia 24, o corpo do universitário Cícero Maximino da Silva Júnior, de 21 anos, morto por um policial militar em uma blitz em João Pessoa, no estado da Paraíba.

Familiares e amigos prestaram a última homenagem em Teotônio Vilela, município do Agreste alagoano. De acordo com a versão da polícia a vítima e o carona estavam em uma moto e furaram a blitz. O amigo nega que tenha havido qualquer tentativa de burlar o bloqueio.

Dezenas de pessoas participaram do velório que aconteceu no Ginásio Municipal em Teotônio. Na oportunidade estiveram presentes colegas de turma do jovem, que se formaria em fisioterapia em 2017. Júnior era o mais novo de 4 irmãos. A família dele afirma que vai acionar na Justiça o Estado da Paraíba pela perda do ente querido.

Muito abalado o pai de Júnior, Cícero da Silva falou sobre o assunto. "Com certeza vou procurar a Justiça, alguém tem que esclarecer qual foi o crime que ele cometeu. Por que, mesmo que atirasse contra ele, atirasse em outro canto, não na cabeça", desabafou.

Conforme informações da Polícia Militar (PM), dois suspeitos em uma motocicleta tentaram furar a blitz na Avenida João Maurício, na orla da praia de Manaíra. Ainda segundo versão da polícia, uma delas sacou uma arma. Nesse instante o policial efetuou o disparo que acertou Júnior. O jovem estava na capital paraibana para passar o fim de semana.

O comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Lamark Victor justificou a ação. “O policial reagiu ao perceber que o motociclista não parou na blitz e acelerou em sua direção. E ainda mais tentando sacar uma arma. Então ele reagiu", afirmou.

Segundo um amigo da vítima que prefere preserva sua identidade revelou que estava trafegando no momento em uma moto e não percebeu a blitz, por isso seguiu o trajeto e só parou quando notou que o amigo havia caído da moto. A Polícia Civil investiga o caso e vai realizar a perícia de uma arma apreendida no local.