Da SSP/AL

Durante uma entrevista coletiva, realizada na manhã nesta quarta-feira (13), na Secretaria de Segurança Pública, foi apresentado mais um acusado de participar do assassinato do estudante Abinael Ramos Saldanha. Deivison Bulhões da Rosa Santos, o terceiro integrante do crime, é apontado como um dos autores materiais.

Segundo o delegado Ronilsson Medeiros, diretor da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), que preside o inquérito, Deivison Bulhões, que já tem passagem na polícia por furto, mantinha contato a Ericksen Dowell, amigo da vítima.

Em depoimento, Deivison explicou que Ericksen teria desviado cerca de R$ 15 mil da empresa e foi descoberto por Abinael, que solicitou a devolução da quantia, fato que teria motivado o crime.

Ronilsson Medeiros informou ainda que Abinael, por amizade ao mandante do crime, não comunicou o desvio a direção, já que Ericksen garantiu que devolveria o dinheiro.

“Ele decidiu matar o Abinael, achando que quando a fraude fosse descoberta, a culpa pelo desvio recairia sobre o ele já que teria desaparecido”, esclareceu.

A prisão de Deivison ocorreu na noite dessa terça-feira (12), em cumprimento a uma decisão judicial.

A polícia trabalha para prender o quarto envolvido, Jonathan Barbosa de Oliveira, que está foragido e solicita que caso a população tenha alguma informação sobre seu paradeiro, entre em contato por meio do Disque Denuncia: 181, o sigilo é garantido.

Estiveram presentes ao encontro com a imprensa o secretário de segurança pública, Lima Junior e o delegado geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira.

O crime
O corpo do estudante Abinael Ramos Saldanha, de 25 anos, desapareceu no último dia 15, após deixar a noiva em casa e foi encontrado no dia 22 de junho, em um canavial no município de Rio Largo, região metropolitana de Maceió.

Conforme a investigação, o jovem foi assassinado com um tiro na cabeça e a mando de quem se apresentava como o melhor amigo da vítima, Ericksen Dowell. Ele confessou o crime depois que o corpo foi encontrado. Jalves Ferreira, o outro preso, teria sido contratado por R$ 6 mil para executar o crime.