26/11/2014 22:30:26

Cultura
Corpo da canora alagoana Clemilda é sepultado em Sergipe
Forrozeira morreu aos 78 anos na madrugada desta quarta-feira. Sepultamento reuniu centenas de pessoas em Aracaju

Todo SegundoO corpo da cantora Cleimilda, que morreu aos 78 anos, na madrugada desta quarta-feira (26), foi sepultado no fim da tarde no Cemitério São João Batista, em Aracaju, e reuniu centenas de pessoas entre familiares, fãs, músicos, admiradores e autoridades. Todos foram se despedir da forrozeira que nasceu em Alagoas mas representou Sergipe no Brasil.

Clemilda morreu aos 78 anos durante a madrugada desta quarta-feira (26) em virtude de complicações pulmonares. Ela estava internada em um hospital particular há cinco meses. O corpo dela foi velado na Rua Itaporanga, Centro de Aracaju,até o início da tarde.

Familiares, músicos e fãs prestaram as últimas homenagens à cantora Clemilda Ferreira que está sendo velada na Rua Itaporanga, Centro de Aracaju, nesta quarta-feira (26). Clemilda morreu durante a madrugada em virtude de complicações pulmonares. Ela estava internada em um hospital particular havia cinco meses.



Os cantores Genival Lacerda e Anastásia ficaram muito sentidos com a notícia da morte de Clemilda e homenagearam a forrozeira recordando momentos que passaram com ela.

Os filhos José Adeilson Ferreira da Silva, que é baixista, e o sanfoneiro Robertinho dos Oito Baixos, herdaram a paixão pela música. “A gente já vinha se preparando e tinha consciência de que isso poderia acontecer a qualquer momento. Eu agradeço a Deus por minha mãe ser uma mulher tão humilde e ter contribuído tanto para o forró no Brasil. Agradecemos a todos que rezaram e nos acompanharam nesses momentos durante a internação”, disse Robertinho.



E foi através dos sucessos de Clemilda que os músicos sergipanos realizaram várias homenagens durante o velório. A forrozeira e afilhada musical Joseane Dy Josa destacou o convívio com a família da cantora. “Cresci convivendo com Clemilda e o marido dela, já falecido. Eles ficaram uns dias na casa dos meus pais quando se mudaram para Aracaju e desde então a amizade só se solidificou. Nós tínhamos uma turnê programada para o sul do país, mas não chegamos a viajar em virtude do estado de saúde dela. “Entendemos como cristãos que a morte física é o começo da vida. Por isso, nós celebramos a vida e obra de Clemilda cantando, que é o que ela mais gostava de fazer”, disse a cantora.

“Qualquer forrozeiro com mais de 20 anos de carreira com certeza já tocou alguma música de Clemilda e a nossa missão dessa nova roupagem do forró é levar as raízes e não deixar se perder a identidade da música sergipana, que teve grandes perdas esse ano como a do cantor Rogério”, destacou o cantor Dedé Brasil.



Trabalhando com a cantora fora dos palcos durante o período em que ela foi apresentadora de TV, Mimi do Acordeon destaca o bom humor e as lembranças de muita felicidade. “Nos bastidores o clima era de muita alegria e de emoção quando a gente conhecia os grandes artistas que vinham participar do programa. Nunca vou esquecer de como ela me tratava, quando ela dizia puxe o fole meu maestro Mimi do Arcodeon", disse o sanfoneiro.

A maquiadora Helena Oliveira que trabalhou durante 27 anos com Clemilda construiu durante esse tempo um laço de amizade. “A imagem que eu vou levar dela é daquela menina sapeca e risonha que vivia dentro de um corpo idoso. Uma das maiores características da minha amiga era a humildade, ela tratava todos muito bem e ela se manteve assim mesmo depois do sucesso. Sem dúvidas é uma perda dolorosa”.



“Acordei muito cedo com a notícia da morte de Clemilda e não pude deixar de vir para prestar a ultima homenagem. Todos moradores de Propriá estamos muito tristes com essa partida, mas também somos muito gratos pelo destaque que ela deu ao nosso município”, disse Antônio Silva, poeta e fã da cantora.

Do G1 SE