A cúpula da Globo sabia da derrota. Para tentar disfarçar todo desgosto com o fim definitivo do monopólio de transmissão de futebol neste país, divulgou uma carta aberta aos clubes, vitoriosos, ao enfrentar a emissora carioca, na segunda-feira.
A carta é histórica, com a Globo 'jogando a toalha', reconhecendo que não poderá nunca mais ganhar o direito de transmissão por efeito manada. Ou seja, seduzindo os clubes de maior popularidade com muito dinheiro e obrigando os clubes médios e pequenos a aderirem aos seus contratos, aceitando a oferta da emissora. Ou ficar sem ganhar e sem poder vender seus jogos para qualquer outra emissora ou plataforma.
A Câmara dos Deputados em julho já havia aprovado de forma resoluta a questão. Com uma vitória esmagadora por 432 contra apenas 17, os deputados federais decidiram a favor da 'lei do mandante'. Ou seja, o clube que tiver o mando dos jogos poderá negociar com a tevê, ou outra plataforma, que desejar.
E o Senado de forma ainda mais contundente decidiu a situação.
A votação foi 60 a 0 a favor da lei do mandante.
Agora só falta a sanção do presidente Jair Bolsonaro, principal defensor do final do atual sistema de distribuição de transmissão dos torneios no país.
Para deixar claro como ficará, por exemplo, o Corinthians fecha contrato com a emissora x. E o Palmeiras tem contrato com a emissora y. No primeiro turno, quando a partida for em Itaquera, a emissora x mostra o jogo. Quando for no Allianz Parque, será a emissora y.
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