Renan KoerichCom fala mansa e espÃrito de equipe, C. Alberto veste camisa do Figueirense Todo SegundoAos 30 anos, Carlos Alberto chegou ao Figueirense com fala mansa e exibindo espírito de equipe. Maduro e consciente daquilo que o torcedor alvinegro espera de seu futebol, o meia demonstrou satisfação em poder estar no clube catarinense com uma nova oportunidade de disputar a Série A do Brasileiro.
Com as já conhecidas tranças, o meia entrou na sala de imprensa do estádio Orlando Scarpelli sorridente e fazendo brincadeiras. Recebeu a camisa do Figueirense, sem número às costas, das mãos do superintendente de esportes do clube, Cleber Giglio. Depois, ganhou uma carteirinha de associado do Alvinegro.
Ao falar aos microfones, tratou de elogiar o novo clube, o 11º time da carreira. Para o meia, há muito clube no Brasil que tem vivido somente de nome e que não tem estrutura condizente para ser considerado “profissional”. No Alvinegro de Florianópolis há pouco mais de duas semanas, Carlos Alberto enalteceu aquilo que viu internamente.
- A questão da estrutura muitos times do país até têm, o que é uma grande minoria, uma coisa é ter a estrutura e ela funcionar. Muito clube do Brasil tem vivido somente de nome ou de passado. E aqui tudo funciona muito bem, isso é ótimo para quem trabalha no dia a dia do clube, importante para o torcedor saber também. Querendo ou não em um futebol competitivo de hoje você tem um bom staff para se recuperar. Fui recebido da melhor forma possível, isso faz você querer ter um comprometimento maior, onde você é bem tratado você quer ficar cada vez mais – disse Carlos Alberto.
Depois de deixar o Botafogo e atuar pela última vez em 2014, pelo Brasileirão, no jogo contra o Fluminense, o meia segue um plano de recuperação física que o departamento médico do clube catarinense prepara. Em 2015, o meia jogou duas partidas pelo Al Dhafra, dos Emirados Árabes, mas depois que aquilo que estava acordado no contrato não foi cumprido, o meia deixou o país. Agora, o jogador deve passar ainda por mais um período de duas semanas para estar apto aos treinamentos e à disposição para os jogos.
A íntegra do entrevista coletiva de Carlos AlbertoO momento do futebol catarinense- Com certeza, hoje é uma referencia para o futebol brasileiro. Se o Criciúma não tivesse descido para a Série B, Santa Catarina teria aí 25% da Série A. Em um passado próximo, isso era bem difícil. Todos têm a sua estrutura, no futebol tem muito time vivendo aí de ser grande, de ter nome, ser grande é planejar, é cumprir a sua obrigação, o Figueirense é considerado grande, na minha opinião.
O que o torcedor do Figueirense pode esperar?- O que eu falar aqui não vai adiantar nada, o que pode esperar de mim é quando eu estiver em campo, aí eu vou ter argumento para prometer alguma coisa. Posso prometer é trabalho, gosto muito de trabalhar forte, estou treinando ao máximo para suprir essa exigência que eu vou ter, eu reajo bem quando eu estou pressionado. Eu vejo que o torcedor é carinhoso quando tem que ser e também exigente quando é preciso. Então tudo isso é uma troca, tudo tem que ser bem pensado, com certeza quem sai ganhando é o clube.
Em 2007, você conquistou a Copa do Brasil pelo Fluminense sobre o Figueirense. Espera agora dar alegrias ao torcedor alvinegro?
- O futebol profissional essas coisas acontecem, tive do outro lado em varias situações, e a gente tem que ser profissional o máximo possível, espero que eu possa ser campeão aqui também, marcar uma historia também, penso em jogar bem, ajudar os meus companheiros e sei que ninguém vai conquistar nada sozinho. Quero dar alegrias também.
Você chega cercado de muitas expectativas. Como é esse sentimento?- Expectativa a gente sempre vai ter sempre em tudo, a não ser que você fique deitado em casa. Se você contratar um jogador você vai ter expectativa, se tiver um filho, vai ter expectativa, então espero que elas sejam as melhores possíveis. Quero o mais rápido possível estar no campo, treinando bastante, quero estar dentro de campo a rapaziada. Eu sei que está sendo feito o melhor possível para quando eu tiver oportunidade de disputar uma posição, ter a condição física ideal para que não dê nenhum problema.
Cada vez mais a vida do jogador, por conta das redes sociais, é vigiada, vamos dizer assim. Como você lida com isso?
- Não vejo isso como um problema, pois eu particularmente eu vivo a minha vida. Todo mundo sabe muito bem o que eu faço, eu não escondo nada de ninguém. Eu dou liberdade para as pessoas é no meu trabalho. O que eu faço na minha casa ou na minha folga isso é algo muito restrito para mim e para a minha família.
Você chega para ser o camisa 10 do Figueirense ou para atuar mais como segundo atacante?
- Na minha carreira, tanto fiz a posição do meia chegando atrás dos atacantes, e também jogando como segundo atacante. Isso é algo que o treinador tem que responder. Se eu tiver que jogar mais recuado, eu jogo. Jogador não pode escolher muito. O que você tem que fazer é se colocar à disposição para ajudar ao máximo. Em relação aos meias aqui do time, eu vejo que a gente tem meias aqui sim, tenho visto até uma cobrança sobre o Mazola, sobre o gol não aconteceu em um outro jogo. Vocês que analisam, vocês acompanham e têm visto que a gente tem feito bons jogos, o gol é um detalhes e daqui a pouco ele vem, não podemos transferir as coisas, acredito muito no trabalho dele e creio que posso ajudar a equipe com a experiência que tenho e espero que eles possam me ajudar também.
Em quanto tempo você acredita que pode ter condições de jogar?- Fica difícil eu precisar para você um tempo, mas falo que vai ser bem rápido. São coisas que tem que ser feitas mesmo, fiquei um tempo inativo, um período parado e depois voltei aos treinamentos. Treinar sem a sua rotina do futebol, é totalmente diferente, a musculatura reage a aquilo que você esta sendo exigido. Tem dias que você treina mais e outros que você tem um descanso maior. E estamos fazendo isso bem pensado, para que isso não seja problema.
Do Globo Esporte