Por Francisco Cardoso
Precisando golear, o CRB não passou de empate sem gols com o Macaé na tarde deste sábado, no Estádio Rei Pelé, e com isso encerrou a sua participação na Série C 2014. Mas foi um encerramento em alto estilo porque em 2015 o Galo praiano volta para o Campeonato Brasileiro da Série B.
Após garantir o acesso, a equipe do treinador Ademir Fonseca mirou o título. Chegou a se classificar em duas fases – classificatória e quartas de final -, mas esbarrou nas semifinais ao ser goleado (4x0) no Rio de Janeiro, há uma semana. Em Maceió precisava no mínimo devolver o placar para decidir a sorte nos pênaltis. Porém, ficou no 0x0. Apesar disso, o placar não frustrou o torcedor regatiano, que aplaudiu seu time após o apito final do árbitro Ítalo Medeiros de Azevedo.
O jogo
O CRB, que tentava uma nova decisão na Série C depois que em 2011 perdeu o título para o Joinville, começou em cima do adversário como era de se esperar até porque como havia sofrido goleada no jogo de ida precisa no mínimo devolver os 4x0 para forçar a disputa de pênaltis. Daí é que logo no primeiro minuto conseguiu escanteio, mas na conclusão a bola foi pra fora. O primeiro grande momento foi também em bola parada, aos 16 minutos. Falta pela esquerda, sofrida por João Victor e cobrada pelo também lateral Paulo Sérgio e que obrigou o goleiro Milton Raphael, de mão trocada, espalmar para escanteio. Logo em seguida, agora em lance frontal, Paulo Sérgio mirou o ângulo esquerdo e nova espalmada para escanteio.
Passado o momento inicial de pressão, o Macaé foi equilibrando as ações ao explorar os contra-ataques. Mas seu primeiro ótimo momento demorou. Só veio aos 31 minutos, também de bola parada. Em escanteio, batido pelo meia Marquinho, o atacante Romário se antecipou à zaga regatiana e o cabeceio passou muito perto da meta defendida pelo goleiro Júlio César.
Na volta para o 2º tempo o CRB apresentou duas novidades, visando aumentar o poderio de ataque com as entradas de Marcelo Macedo e Diego Clementino respectivamente nos lugares de Glaydson Almeida, que vinha de um longo período fora por motivo de contusão, e de Diego Rosa.
A proposta do treinador Ademir Fonseca só não deu certo porque voltou em esbarrar numa defesa bem postada do Macaé e particularmente no goleiro Milton Raphael, que já aos 3 minutos fez defesa parcial de cabeçada do zagueiro Daniel Marques em cobrança de escanteio. A bola ia entrando até que no último momento o atacante Juba, que desceu para ajudar na marcação, tocou para a linha de fundo.
O CRB voltou a criar pelo menos mais três oportunidades para marcar. A principal delas – a última – foi aos 44 minutos em dose dupla. A primeira finalização foi de Magrão e a segunda de Diego Clementino. Em ambas o arqueiro Milton Raphael marcou presença e no momento final tocou para escanteio quando a torcida regatia já estava com o grito de gol na garganta.
O Macaé também teve três bons momentos na etapa complementar. O primeiro foi com o reserva Jonathan Balotelli, aos 35 minutos. Detalhe é que o lance de perigo começou com escanteio para o CRB, mas que o Macaé puxou rápido contragolpe. O atacante Balotelli, que entrara em campo cinco minutos antes, foi lançado e arrancou em velocidade até a intermediária regatiana. Mas a defesa do Galo praiano se recuperou e tocou a bola para fora de campo quando o goleiro Júlio César já saía da área desesperado para tentar fechar o ângulo.
O segundo bom momento foi logo em seguida, através de falta batida por Marquinho e cabeceio de Romário que deixou o goleiro regatiano estático e só torcendo para o que aconteceu: a bola foi para a linha de fundo. E o Macaé proporcionou o último bom lance da partida já nos acréscimos (46), quando o armador Lucas finalizou para defesa do goleiro Júlio César.
A partida também teve um lance polêmico, aos 24 minutos do 2º tempo: o zagueiro Filipe Machado derrubou o armador Clebinho na meia lua, mas o árbitro mandou o lance seguir e Marcelo Macedo acertou o travessão. Daí como não surgiu o gol o árbitro voltou atrás e aplicou falta para reclamação do time do Macaé. Na cobrança, lateral Paulo Sérgio mirou o ângulo esquerdo mas errou.
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