28/10/2016 14:50:40

Municípios
Comércio informal cresce em meio à calamidade do Brivaldo Medeiros
Ocupantes das unidades do Minha Casa Minha Vida, sofrem com a falta de infraestrutura e descaso do poder público

Todo SegundoDo Todo Segundo

Em tempos de crise e dinheiro cada vez mais curto o mercado informal tem sido a alternativa da maioria do povo brasileiro sobreviver. Assim como acontece em vários municípios brasileiros quando o poder público falha na prestação de serviços, abre espaço para novas oportunidades.

É com esse pensamento que pequenos comerciantes tem ganhado a um troco a mais, com a ocupação conjunto residencial Brivaldo Medeiros, localizado às margens da AL-115, no município de Palmeira dos Índios, construído atreveis do Programa “Minha Casa Minha Vida” do Governo Federal.

No residencial que fica afastado do centro da cidade, residem famílias com crianças, idosos que sofrem com a falta de água encanada, instalação de energia elétrica, transporte escolar, posto de saúde, e até a coleta de lixo não existe. Dessa maneira, a entrega de água mineral, gás de cozinha, entre outras atividades, como água de coco e até moto taxistas clandestinos tem obtido bons lucros com a carência no local.

“A minha venda de água aumentou nos últimos dias, recebo vários pedidos por dia através do disk água, é claro uma parte dos moradores daqui já são meus clientes, mas outras pessoas que estão aqui passaram a me comprar agora, isso por questão da carência existente no local”, disse o vendedor o Roberto.

Construção / Ocupação
O contrato para a construção do residencial Brivaldo Medeiros, foi assinado em junho de 2012, pela empreiteira Somart Engenharia em parceria com o município e o Governo Federal, com prazo de entrega de 18 meses, ou seja, em janeiro de 2014, o que não ocorreu e criou nos moradores o sentimento de posse.

Cansadas de esperar pela entrega das moradias, famílias cadastradas no Programa “Minha Casa Minha Vida” do Governo Federal, ocuparam desde o dia 19 as casas conjunto residencial Brivaldo Medeiros. Mesmo diante das dificuldades, os ocupantes estão brocando o local tomado pelo mato.

Todos estão dispostos a arcar com as portas, pias e vasos sanitários que foram furtados das moradias ao longo desse tempo. "Muitas pessoas já fizem até reformas nas moradias."