Todo SegundoCorpo do atleta Arthur Maia é sepultado sob aplausos em Maceió Todo SegundoDo Todo SegundoO corpo do jogador alagoano Arthur Maia, uma das vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas na última terça-feira (30), em Medellín na Colômbia, foi sepultado sob aplausos por volta das 18h, deste domingo (4), no Campo Santo Parque das Flores, localizado no bairro do Tabuleiro dos Martins, parte alta de Maceió.
O corpo do jogador chegou ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Rio Largo, na Região Metropolitana, por volta das 12h30min, em um avião fretado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em seguida foi levado um carro aberto do Corpo dos Bombeiros para o cemitério onde foi velado e sepultado.
Aplausos da população marcaram o cortejo do corpo do jogador desde o aeroporto, até o cemitério. “Só Deus pra fazer a gente entender isso. Toda vez que ele estava de férias sempre nos procurava. Até porque ele não tinha tanto tempo. A gente não está acreditando nessa tragédia até agora”, disse uma mulher vizinha da família de Arthur Maia.
Durante todo tarde, parentes, amigos, centenas de pessoas e jogadores do Vitória da Bahia, que jogaram com Arthur nas categorias de base do clube baiano compareceram ao cemitério onde participaram da cerimônia e prestaram as últimas homenagens ao atleta alagoano. “O Arthur está para sempre em nossos corações”, disse o goleiro Gustavo.
O Roberto Maia, pai do jogador, o aproveitou o momento para agradecer o apoio que recebeu dos amigos e familiares desde o dia ocorrido e lamentou a morte do filho. “A dor é muito forte, o Arthur tinha muitos amigos, e quero aqui agradecer a recepção e a força que todos vocês tem dato a toda família”, disse.
Ao conceder entrevista a imprense Roberto Maia, lamentou a morto do filho. “Sempre fui receber meu filho no aeroporto para passar as férias, hoje recebo o meu filho no caixão”, falou.
Arthur Brasiliano Maia, 24 anos, é natural de Maceió (AL). Começou a jogar pelo Chapecoense neste ano, mas sua história no futebol começou cedo, nas categorias de base do Vitória, com apenas dez anos de idade. Arthur Maia defendeu outros times como o Joinville, América-RN, Flamengo e o time japonês Kawasaki Fronyale.
Confira a galeria de fotos a seguir
Amigos e familiares prestam as últimas homenagens (Foto: Todo Segundo)Mãe de Arthur Maia chora sobre o caixão acompanhada de familiares. (Foto: Todo Segundo)
Caixão sendo retirado do carro do Corpo de Bombeiros ao chegar ao cemitério (Foto: Todo Segundo)
Cortejo no carro aberto do Corpo de Bombeiros pelas principais ruas do centro de Maceió (Foto:Todo Segundo)Chegada do Corpo ao Campo Santo Parque das Flores, no bairro do Tabuleiro dos Martins (Foto: Todo Segundo)Velório coletivoCorpos estão sendo velados na Arena Condá, estádio da Chapecoense, na cidade de Chapecó (SC).
Neste sábado, Arthur Maia foi um dos atletas homenageados durante o velório coletivo de 50 das 71 vítimas na Arena Condá, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Mesmo com muita chuva em Chapecó, muitas pessoas compareceram ao estádio da Chapecoense para as últimas homenagens.
Os caixões dos jogadores percorreram cerca de 10 quilômetros das ruas da cidade no trajeto entre o aeroporto e a arena, por cerca de uma hora. Desde cedo, os torcedores, firmes, buscaram forças e cantaram músicas como: "O campeão voltou". Em clima de comoção, familiares, amigos e toda uma cidade começaram a se despedir de jogadores da Chapecoense, membros da comissão técnica, dirigentes e jornalistas.
O acidente
Avião caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín, na ColômbiaA delegação da Chapecoense estava a caminho de Medellín, na Colômbia, em um avião da LaMia, matrícula CP2933, onde faria, na quarta-feira (30), a primeira partida da final da Copa Sul-Americana 2016 contra o Atlético Nacional. Pela primeira vez na história, o clube brasileiro disputaria a final de uma competição internacional.
O avião decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes. No total, 71 pessoas morreram e seis seguem internadas após a queda da aeronave que transportava a delegação, a 30 km de Medellín. Além dos atletas, 21 jornalistas brasileiros que acompanhavam o time também estavam no avião.
Segundo a imprensa local, a aeronave com o time catarinense perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília) e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.
O que provocou a tragédia?