Arquivo/TJTJ intermedeia acordo entre Prefeitura de Maceió e médicos grevistas Todo SegundoDa AssessoriaA segunda audiência de conciliação entre a prefeitura de Maceió e os médicos do PAM Salgadinho - que paralisaram as atividades na unidade no mês de agosto - sob mediação do desembargador Tutmés Airam foi realizada nesta quinta-feira (24) no auditório II do Tribunal de Justiça. A categoria vai manter 50% dos médicos lotados na unidade, aguardando a entrega de um pavilhão com condições de trabalho que deve ser reformado em 30 dias, o que foi garantido pela gestão municipal para que os profissionais retomem as atividades.
A implantação do ponto eletrônico e melhores condições de trabalhos foram alguns dos assuntos debatidos pelos profissionais de saúde, o que segundo Tutmés Airan será conversado pessoalmente com a gestão municipal para que se chegue a um acordo que não prejudique ainda mais a população.
“Conseguimos avançar na negociação com a garantia da entrega de um bloco em perfeitas condições de trabalho, com equipamentos, material e remédios, funcionando com o revesamento de profissionais para atender os usuários até que a reforma seja concluída em toda a estrutura da unidade. Estou em contato direito com a administração municipal e levarei as reivindicações da categoria, inclusive em relação aos problemas estruturais e falta de materiais nos postos de saúde, já que na audiência tivemos a participação de médicos que atuam nessas unidades”, explicou.
O magistrado destacou o lançamento da campanha “Abrace o PAM Salgadinho”, criada para arrecadar recursos e doações com o objetivo de reformar o segundo maior posto de saúde do país com a participação da sociedade civil organizada, órgãos públicos municipais e sob a coordenação do vereador Cleber Costa.
O presidente do Sindicado dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão afirmou que os problemas no PAM Salgadinho são apenas a ponta do iceberg, diante dos inúmeros problemas enfrentados pela saúde no Estado.
“Falta de tudo nas unidades de saúde e já estamos contendo uma paralisação dos médicos que atendem nesses locais. Os profissionais querem trabalhar e estão pedindo que a flexibilização da carga horária seja mantida e permita que eles desempenhem suas atividades em outros hospitais ou consultórios”, disse.