Um mês depois do assassinato da jovem Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26 anos, a Polícia Civil de Alagoas conclui e encaminha à Justiça, nesta terça-feira (18), o inquérito instaurado para investigar o crime de feminicídio ocorrido em São José da Tapera, Sertão de Alagoas.
Inicialmente, as investigações foram comandadas pelo delegado Diego Nunes, sendo depois nomeada uma comissão para apurar o caso, formada pelo próprio Diego Nunes, e pelos delegados Igor Diego, diretor da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e Thales Araújo.
“O acusado permanece foragido e estamos realizando diversas diligências com o objetivo de prendê-lo e levá-lo ao Poder Judiciário para que venha a responder pelo crime. Ele tem mandado de prisão em aberto e nós continuamos com todas as forças trabalhando para prendê-lo”, disse o delegado Igor Diego.
Ele acrescentou que a população pode ajudar por meio do disque denúncia - 181. “Quem tiver alguma informação pode passar por meio desse número e nós iremos verificar. A população tem sido parceira da Polícia Civil e ajudado a prender diversos criminosos”, concluiu Igor Diego.
O crime
Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26 anos, foi assassinada na madrugada do dia 18 de junho em São José da Tapera, Sertão de Alagoas, crime ocorrido num domingo. O marido dela Leandro Pinheiro Barros, 38 anos, foi apontado de imediato como principal suspeito do crime.
Segundo o delegado Diego Nunes, responsável pelas investigações iniciais, Leandro matou Mônica com um tiro no peito após uma discussão por ciúmes. Os dois foram a uma festa de São João no sábado (17), onde a briga teria começado entre o casal, disse na época o delegado.
O delegado disse que em virtude dessa discussão, o esposo de Mônica retornou para casa e ela ficou no evento. Após alguns instantes, ela retornou para o imóvel e a discussão entre eles reiniciou. Foi aí que ele sacou uma arma e disparou no peito da vítima que morreu no local.
Antes de morrer, Mônica gravou um vídeo no celular falando sobre o relacionamento abusivo e prevendo a própria morte. "Se alguém achar esse celular, e eu estiver morta, foi Leandro Pinheiro Barros", diz ela em trecho do vídeo. Ela deixou dois filhos, um de 9 anos e outro de 3 anos.
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