A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas esclareceu nesta quarta-feira (30) os detalhes de uma trama criminosa montada para assassinar o empresário Jaetts Ferreira Júnior, de 57 anos, e que estaria desaparecido desde a semana passada.
As informações sobre o caso foram revelados pelo delegado Thiago Prado, da Seção Antissequestro (SAS, da GER/Deic), durante uma entrevista coletiva, na sede da SSP, com a presença do secretário Lima Júnior.
O delegado disse que o empresário Jaetts está vivo, tendo saído de Alagoas para não ser morto, a mando de sua esposa Suely Morais Amaral e do enteado Igor Amaral Casado. Mãe e filho foram presos na terça-feira (29), após terem prisão temporária decretada pela 17ª Vara Criminal da Capital.
A trama criminosa começou a ser descoberta, depois que Suely Casado registrou um Boletim de Ocorrência (BO) sobre o suposto desaparecimento do marido. Ele teria sumido, após deixar sua empresa, no Polo Industrial do Tabuleiro, em um Kadet, de cor verde, pertencente a um parente, pois uma BMW, de sua propriedade, estaria em uma oficina para conserto.
Iniciadas as investigações sobre o suposto desaparecimento, a polícia verificou que havia muitas incongruências no caso, e com base em depoimento de um familiar soube-se que Jaetts estava vivo. Na verdade, o empresário havia simulado a própria morte para escapar da trama, armada por causa de desavenças patrimoniais do casal.
As investigações apontaram que Suely emprestava dinheiro como agiota e havia contratado um homem que fazia a cobrança dessa atividade ilícita para matar o marido, por R$ 30 mil. O acerto teria ocorrido em dezembro e a mulher vinha pressionando o cobrador para cumprir o contrato.
Momento em que Suely se encontra com o homem contrato para executar o marido.
O homem contratado procurou o empresário e contou tudo. Foi ai que a morte dele foi simulada. O rapaz, que teve o nome preservado, chegou a entregar uma agenda do Jaetts para Suely, no dia 24 passado, para comprovar que o havia assassinado, dizendo ainda que o corpo estaria em um canavial no município de Marechal Deodoro. A polícia chegou a obter imagens do momento em que a mulher pagava parte do dinheiro ao rapaz.
Na operação que resultou na prisão de Suely e do filho, denominada “Viúva Negra”, um revólver foi encontrado e, por isso, Igor foi preso por posse ilegal de arma de fogo. Ele e a mãe deverão ser indiciados também por lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A coletiva teve também as presenças do secretário executivo da SSP, delegado Manoel Acácio, da delegada Ana Luíza Nogueira (gerente de Polícia Judiciária da Região 1), dos delegados Fábio Costa (gerente da GRE/Deic), Eduardo Mero e Rodrigo Sarmento, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e do Capitão PM Araújo, do 1° Batalhão.
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