O advogado da família de Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, morto em maio deste ano durante uma perseguição policial em Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas, ingressou nesta sexta-feira (15), com pedido de liminar para que o exame residuográfico seja realizado pela Polícia Federal.
Gilmar Menino informou ao Todo Segundo que a medida visa romper o impasse provocado pela “absurda demora” na realização do exame pelo Instituto de Criminalística de Alagoas, atraso que, segundo ele, prejudica o andamento das investigações. “Ingressei com uma liminar para que esse exame seja realizado pela Polícia Federal. Ela tem toda a estrutura e expertise necessárias para fazer esse trabalho com rapidez e precisão. Agora, vamos aguardar a decisão do juiz”, disse o advogado.
O exame residuográfico é considerado peça-chave para esclarecer se Gabriel chegou a disparar uma arma de fogo, como alegado pela polícia. Outro laudo, de DNA, também segue pendente, referente ao material genético encontrado no gatilho da arma supostamente utilizada pelo adolescente.
Manifestações Previstas
A tensão em torno da perícia não se restringe ao campo jurídico. A família de Gabriel Lincoln anunciou que organizará uma grande manifestação em frente ao Instituto de Criminalística, em Maceió, nos próximos dias. O objetivo é protestar contra a morosidade na liberação de laudos essenciais para a investigação, especialmente o exame residuográfico.
Diante da demora na entrega do laudo pericial, a família também programou uma passeata para o dia 20 de agosto, feriado de Emancipação Política do município. O ato terá como objetivo pressionar as autoridades e cobrar agilidade na conclusão das perícias, consideradas decisivas para o esclarecimento do caso.
Segundo a família, o atraso no trabalho do Instituto de Criminalística tem impedido avanços significativos nas investigações, gerando frustração e indignação.
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