Nesta semana, um episódio foi amplamente discutido na sociedade através de um vídeo que mostra um homem perseguindo a ex-mulher ao pular em cima do capô do carro dela, em Arapiraca. O número de mulheres vítimas de stalking, perseguição reiterada, por qualquer meio, tanto físico quanto pela internet, subiu 34,8% em Alagoas em 2022, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
Somente no ano passado, 568 mulheres foram vítimas desse crime, enquanto que em 2021 o número de vítimas foi 245. Ou seja, o número mais que dobrou de um ano para outro.
Em 2021, o stalking foi tipificado no Código Penal como crime de perseguição, que ocorre quando as tentativas de contato são exageradas. No meio digital, é quando o autor passa a ligar repetidas vezes, envia inúmeras mensagens, faz diversos comentários nas redes sociais e cria perfis falsos para driblar eventuais bloqueios, mas ele também pode ser praticado por meio físico, como no caso da mulher em Arapiraca.
O aumento desse crime vem acompanhado do crescimento de outros tipos de violência contra mulheres como feminicídio, estupro, assédio e importunação sexual, ameaças e lesão corporal. A quantidade de medidas protetivas de urgência distribuídas também cresceu no estado, com 2.829 medidas computadas no ano passado.
Segundo o setor de estatística da Polícia Civil de Alagoas a faixa de idade predominante entre as mulheres vítimas de violência é de 18 e 29 anos. Essa também é a média de idade entre os agressores.
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