18/07/2017 21:02:54

Polícia
Caso Carla: travesti foi morta devido à guerra de facções, diz delegado
Quatro adolescentes foram apreendidos suspeitos de envolvimento na morte do travesti em Maceió

Todo SegundoDa Assessoria

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) concluiu, nesta terça-feira (18), o inquérito sobre o caso da travesti Carla, de 22 anos, morta após ser agredida com vários golpes de faca, no dia 25 de junho deste ano, no bairro do Clima Bom I, em Maceió.

Em coletiva de imprensa realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), nesta tarde, o delegado Eduardo Mero, responsável pelo caso, divulgou detalhes sobre a investigação e a apreensão dos envolvidos.

Também estavam presentes o secretário Lima Junior e os delegados, Ana Luiza Nogueira, gerente de Polícia da Região 1, e Fábio Costa, coordenador da DHC.

De acordo com o delegado Eduardo, após um trabalho intenso de investigação e a partir de depoimento das testemunhas foi possível identificar os quatro jovens envolvidos e a motivação do crime.

“Carlinha” como era conhecido o transexual José Carlos Viana, teria sido morta devido a uma guerra de facções existente no bairro do Clima Bom I.

Segundo relatos, os quatro adolescentes, com idades de 17, 16, 15 e 13 anos, estavam consumindo bebidas alcoólicas na porta de uma casa próximo ao bar onde Carla se encontrava com as amigas. O desentendimento teria acontecido após Carla ter sugerido ser simpatizante da facção rival daquela que domina a região.

Por volta das 21h, a vítima foi atraída pelos adolescentes para um terminal de ônibus, com a promessa de que praticariam relação sexual, quando foi surpreendida por golpes de faca. Durante a ação, Carla ainda conseguiu correr até a Avenida Muniz Falcão, no entanto foi alcançada pelos jovens que brutalmente deferiram dezenas de golpes de faca em suas costas.

Carla foi socorrida ainda com vida, mas faleceu três dias depois no Hospital Geral do Estado (HGE).

Na madrugada desta segunda-feira (18), uma ação policial foi deflagrada pela Polícia Civil para localizar os adolescentes envolvidos na ação criminosa.

“Participaram da ação 20 policiais, sendo 3 delegados e 17 agentes, da DHC. Todos os autores foram identificados e apreendidos após cumprimento de mandados de apreensão expedidos pela 1º Vara da Infância e Juventude”, informou o delegado.

A autoridade policial informou ainda que os adolescentes confessaram a prática do ato infracional.

Os jovens foram encaminhados para a Unidade de Internação para Menores.