O Instituto Médico Legal de Arapiraca confirmou na manhã desta segunda-feira (15), que as quatro crianças vítimas do incêndio em uma residência no município de Canapi não foram identificadas oficialmente. Devido ao estado dos corpos, o processo de identificação se dará por meio do exame de DNA Forense.
O médico legista Silvio Nunes, chefe especial do IML de Arapiraca, explicou que os exames de necropapiloscopia e de odontolegal ficaram prejudicados e foram inviabilizados neste caso. Por esse motivo, o órgão precisou adotar as medidas necessárias para a realização do exame de DNA.
“Coletamos amostras biológicas dos corpos das crianças e conversamos com os pais sobre a necessidade do exame para liberação dos cadáveres. Mas, como eles estavam muito abalados com a tragédia, ficaram de retornar ao IML de Arapiraca nesta terça-feira para fornecer material genético para o confronto do DNA”, explicou Silvio Nunes.
As amostras biológicas dos cadáveres das quatro crianças e dos genitores serão encaminhadas para o laboratório de genética forense do Instituto de Criminalística, que será responsável pelo exame de DNA. Enquanto aguardam os resultados das análises laboratoriais, os corpos ficaram conservados no IML.
O incêndio
Quatro crianças morreram na madrugada do domingo (14), no centro da cidade de Canapi, no Sertão de Alagoas, após um incêndio causado por um ventilador no quarto da residência ondem elas dormiam. As vítimas estavam em um quarto da casa e a porta estava trancada.
De acordo com as primeiras informações, o ventilador entrou em curto e em seguida pegou fogo, atingindo o colchão onde estavam as vítimas. O pai de duas das crianças ainda conseguiu arrombar a porta do quarto, onde encontrou as pequenas vítimas mortas e abraçadas.
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