17/11/2025 12:26:36
Polícia
Defesa de médica que matou ex-marido diz que crime foi “grito de socorro”
Defesa cita danos psicológicos acumulados e promete detalhar denúncias nos próximos dia
ReproduçãoAdvogado de médica que matou ex-marido diz que crime foi “grito de socorro”
Todo Segundo

O assassinato do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, ocorrido na tarde deste domingo (16), em frente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Sítio Capim, zona rural de Arapiraca, passou a ser analisado sob um novo prisma após as primeiras manifestações da defesa de Nádya Tamires, ex-esposa da vítima e autora confessa dos disparos. Embora não negue ter atirado, a médica afirma que só agiu “para não morrer”, alegando que vivia há anos sob um ciclo contínuo de medo, violência e ameaças.

O caso ganhou repercussão imediata após a prisão da suspeita, realizada em Maceió poucas horas depois do crime. Segundo a Polícia Militar, ela foi encontrada portando a arma usada no homicídio. A defesa de Nádya Tamires detalhou as acusações e apresentou sua versão dos fatos em entrevista concedida ao repórter Everton Luis. (Assista à entrevista abaixo da matéria).

A defesa da médica tem reforçado a versão de que o crime teria sido provocado por anos de violência psicológica e ameaças. O advogado Luiz Lessa, um dos representantes de Nádya, afirmou que o episódio seria “mais um capítulo de uma história que vem assustando e assombrando” a suspeita.

“Na verdade, tudo isso que aconteceu já não foi de agora. Isso foi mais um capítulo de uma história que vem assustando e assombrando não somente a agora acusada, doutora Nádya — que também é médica e muito querida pela sociedade de Arapiraca — mas também seus pacientes. Foi um grito de socorro. Há acusações que foram retiradas do ar sobre um suposto acontecimento que não foi isolado, que vinha acontecendo há muito tempo”, declarou o advogado.

Segundo ele, a suspeita teria relatado episódios de violência desde quando a filha do ex-casal tinha cerca de dois anos e meio — hoje, a criança tem quatro. O defensor afirma que havia uma medida protetiva vigente, e que Alan não poderia se aproximar de Nádya.

“A vítima desses fatos não poderia estar ali, porque a medida protetiva não permitia. O que houve foi um ato de desespero. Ela já não tinha mais psicológico íntegro diante da situação. Vamos comprovar tudo o que está sendo relatado por ela, até porque existe um acervo probatório robusto sobre a violência que vinha acontecendo há muito tempo contra a doutora Nádya”, completou Lessa.

O advogado destacou ainda que a médica sempre foi conhecida na cidade por atender pacientes, inclusive “na porta de casa”, e que ela teria agido para proteger a própria integridade e a da filha.

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