A Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), da Polícia Civil de Alagoas afirmou ter descoberto um plano para assassinar a prefeita Marina Dantas, em Batalha, além do marido dela o recém-espossado deputado estadual Paulo Dantas. A trama criminosa envolveria José Márcio Cavalcanti de Melo, o Baixinho Boiadeiro, preso e condenado a mais de 45 anos de prisão por participação em um duplo homicídio ocorrido em 2016.
De acordo com os delegados Fábio Costa e Thiago Prado que comandam as investigações, a família Boiadeiro, com o apoio de um primo de Baixinho, identificado como Dênis Boiadeiro, teria contratado os supostos assassinos no estado vizinho de Pernambuco por R$ 300 mil para executar o duplo homicídio. Parte do dinheiro, no valor de R$ 290, já teria sido pago aos pistoleiros.
Segundo os delegados, o crime foi encomendado no início do mês de junho de 2018 e a ordem era que o casal fosse morto antes das eleições para evitar que Paulo Dantas se elegesse ao cargo de Deputado Estadual para o qual concorria. O plano foi confirmado por meio de áudios do aplicativo whatsApp cujas suspeitas levam a voz de BaixinhoBoiadeiro cobrando o término do serviço, mas a trama foi descoberta após a prisão de um dos pistoleiros.
Ainda segundo os delegados, nos áudios os Boiadeiros explicam para os pistoleiros como funciona o esquema de segurança da prefeita Marina Dantas e do deputado Paulo Dantas. Na conversa, os Boiadeiros afirmam que em um do trecho entre as cidades de Batalha e Jacaré dos Homens, seria “fácil” executar as duas mortes.
Os suspeitos relatam nas gravações que as armas utilizadas para executar os Dantas seriam fuzis AK 47 e que o plano de execução ocorreria quando as vítimas estivessem dentro do carro. O plano de fuga para os pistoleiros, os quais retornariam para Pernambuco através de uma rodovia que liga à cidade de Águas Belas.
Fábio Costa e Thiago Prado informaram ainda que, em alguns dos áudios também pode ser ouvida a voz de “Zé do Laercio Boiadeiro”. A comprovação do envolvimento dos suspeitos na trama criminosa será realizada através de laudo do IC que analisará o padrão de voz dos investigados.
Os demais suspeitos citados serão investigados e o caso corre em segredo de justiça.
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