14/10/2020 11:31:49
Polícia
Gaeco e SSP cumprem mandados no Sertão contra suspeitos de tráfico de drogas
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão e de busca e apreensão, em Santana do Ipanema
ReproduçãoGaeco e SSP cumprem 15 mandados de prisão e busca e apreensão contra Orcrim de tráfico de droga em Santana
Assessoria - MPE/AL

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Alagoas e a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) desencadearam, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (14), a operação Ypanema para prender integrantes de uma organização criminosa (Orcrim) especializada em tráfico de drogas, no município sertanejo de Santana do Ipanema. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

O procedimento investigatório criminal (PIC) do Gaeco nº 06/2020, instaurado em conjunto com a 3ª Promotoria de Justiça de Santana do Ipanema, teve início em abril deste ano para desarticular uma organização criminosa com atuação no tráfico de entorpecentes e outros crimes correlatos na cidade de Santana de Ipanema. Apontam as investigações do Ministério Público e das polícias que Tayane Wuessilla Ramos Santos Moraes é a principal responsável pelo desencadeamento de todas as infrações penais apuradas. Ela assumiu o comando do tráfico após seu marido, Marcelo Celestino da Silva, ter sido preso – ele continua sendo reeeducando do Presídio de Segurança Máxima.

O organograma

O PIC também descobriu, de maneira pormenorizada, toda estrutura da organização criminosa, com o seu organograma detalhado com relação a divisão de tarefas desempenhada por cada um dos membros. Fellipe Leandro da Silva, o Sonic, é o gerente e braço direito da líder e, sua esposa, Mayara Santos da Silva, auxilia-o na contabilidade da venda da droga comercializada. Pedro Henrique Pereira Santos Celestino é o integrante da organização que tem a função de vendedor, além de ser um dos braços armados da Orcrim.

O homem conhecido como Chico é considerado um dos principais vendedores de drogas da organização criminosa. José Wueslly Santos Moraes é irmão da líder, tem função de vendedor e distribuidor, e ainda auxilia na logística, fazendo o corte do entorpecente, a divisão e a sua posterior distribuição. Já Ana Flávia Rocha da Silva e um jovem identificado apenas como Luiz têm o papel de aviãozinhos.

As prisões e buscas deferidas

Ao requerer as prisões temporárias de todos os investigados, o Gaeco alegou que “a expressão da criminalidade organizada se efetiva pela propagação do terror (com a perturbação do sossego, da paz e da segurança pública), ostensiva distribuição de material ilícito (a exemplo de armas de fogo e substâncias entorpecentes) e o cometimento de roubos, usando como mecanismo de atuação a divisão territorial, o estabelecimento e apologia de doutrina do terror, códigos e procedimentos rígidos de conduta, teleologicamente orientados, em forma de verdadeira empresa criminosa”. Não foram alvo de prisão os homens identificados como Chico e Luiz.

As medidas de busca e apreensão também foram deferidas porque tanto o Gaeco quanto a SSP acreditam na grande possibilidade da apreensão de entorpecentes e armas de fogo nas residências dos alvos. “Além de capturar criminosos, a operação também quer retirar de circulação objetos que estejam sendo usados para a prática de crimes”, argumentaram os promotores de Justiça do Gaeco.

O efetivo participante

Para o cumprimento dos mandados durante a operação integrada foram empregados policiais militares do 7ºBPM e agentes da 2ª Delegacia Regional, da Polícia Civil.

Todos os presos e materiais que forem apreendidos serão encaminhados para a Delegacia de Santana do Ipanema para a confecção dos procedimentos cabíveis.

A população é grande parceira das forças de segurança no combate ao crime em Alagoas e pode contribuir com o trabalho das polícias realizando denúncias sobre homicídios, tráfico de drogas, roubos, organizações criminosas e outros crimes por meio do Disque Denúncia. As informações podem ser repassadas, de forma anônima e gratuita, por meio de ligações para o 181 ou pelo aplicativo Disque Denúncia, disponível para download na Play Store.

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