A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) foi acionada, nesta sexta-feira (24), após a polícia prender, pela terceira vez, um homem suspeito de se passar por advogado. O acusado é o mesmo que havia sido detido em outubro do ano passado, quando também se passou por advogado no Fórum da Justiça Estadual localizada dentro da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Integrantes da Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia estiveram na Central de Flagrantes e acompanharam os procedimentos. O suspeito havia sido denunciado por uma vítima, que se sentiu lesada pela atuação do acusado. Após o flagrante, o suspeito foi encaminhado para uma audiência de custódia e teve a prisão convertida em preventiva.
“O nosso primeiro contato com esse suspeito aconteceu em outubro do ano passado, quando ele foi detido dentro do da sala destinada a advogados localizada no Fórum da Justiça Estadual na Ufal. À época, um servidor achou a movimentação no local estranha e acionou a polícia. O suspeito foi detido, mas, como não houve formalização por parte das vítimas, ele acabou sendo solto”, explica Júlio Sampaio, vice-presidente da Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia.
De acordo com Sampaio, esta não foi a primeira vez que o acusado foi detido. “Nós descobrimos que, além dessa passagem pelo episódio na Ufal, houve uma prisão na cidade de Marechal Deodoro. Lá, ele também atuava como advogado, sem ter nenhum tipo de vinculação com a Ordem, e acabou sendo detido pela primeira vez. Depois, acabou reincidindo na mesma prática”, complementa.
O integrante da OAB lembra que é importante que as pessoas que necessitem de um advogado exijam comprovação de vinculação com a Ordem. “Caso o suposto advogado não apresente, recomendo que se afaste dessa pessoa e que procure o auxílio de algum outro profissional. Caso já tenha repassado valores, busque a polícia ou a própria OAB”, ressalta Júlio Sampaio.
Práticas irregulares dentro da advocacia podem ser denunciadas não só à polícia, como à própria Ordem, seja por meio da estrutura mantida no Centro de Maceió ou no prédio que fica localizado em Jacarecica.
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