A Polícia Civil identificou dois suspeitos que ameaçavam atirar contra o CISP - Centro Integrado de Segurança Pública e atear fogo em uma auto escola em Craíbas, Agreste de Alagoas. As ameaças foram feitas através de um grupo de Whatsapp.
A polícia apurou a prática do delito de incitação ao crime, em um grupo de whatsapp denominado “esconderijo do nego”, que tem aproximadamente cem membros, dos quais a maioria das pessoas reside na zona rural de Craíbas.
De acordo com o delegado Guilherme Martim Iusten, os suspeitos foram identificados a partir do vazamento de mensagens de alguns membros do grupo, os quais divulgaram “prints” de conversas entre os dois suspeitos, os quais combinavam para um dirigir um veículo enquanto o outro atearia fogo em uma auto escola, mas, primeiro ia “acabar o CISP na bala”.
Ainda segundo o delegado, os suspeitos afirmaram, na presença de mais de noventa pessoas membros do grupo, dizendo: “a polícia não para na lagoa da cruz porque o moral lá é nosso”. Um deles afirmava ainda que “precisava de um parceiro para dirigir uma moto ou um carro” enquanto ele “acabaria com o CISP na bala bonitinho”. Um dos suspeitos chegou há pouco tempo do Estado de São Paulo, mas ambos residem na zona rural de Craíbas.
Guilherme Iusten informou que os jovens de 20 e 21 anos foram enquadrados no delito que trata da incitação ao crime, visto que as conversas atentatórias contra as forças de segurança pública do Estado de Alagoas, mais precisamente em relação ao CISP - Centro Integrado de Segurança Pública – de Craíbas, sede da Polícia Civil e Militar.
Para o delegado, a ampla divulgação das ameaças por centenas de pessoas, configura o delito, pois o incentivo foi feito de forma pública, direcionado aos policiais civis e militares de Alagoas, uma vez que um dos suspeitos afirmou em acabar o CISP – à bala, referindo-se a desferir tiros contra a instituição policial.
O delegado informa que é considerado crime fazer, em público, como em redes sociais, neste caso em grupos de whatsapp onde há dezenas e até centenas de pessoas, propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem social, bem como incitar, publicamente, a prática de crime, tendo como vítimas o Estado e a Paz Pública.
Por fim, o delegado Guilherme Iusten destaca o trabalho integrado das Polícias Civil e Militar do CISP de Craíbas na identificação e localização dos autores do crime, com total apoio do delegado Mário Jorge Barros, gerente de Polícia Judiciária da área 3, do Delegado-Geral Carlos Alberto Reis e do Secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça.
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