A Polícia Federal (PF) deflagrou operação, na manhã desta terça-feira (19), para investigar um suposto esquema de corrupção que vem executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S, envolvendo um grupo de empresas, em Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal.
De acordo com a PF, a ofensiva foi chamada de Operação Fantoche e apura prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Estima-se que o grupo investigado tenha recebido mais de R$ 400 milhões.
O suposto esquema mantém o controle de uma mesma família. São investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos. São cumpridos 10 mandados de prisão e outros 40 de busca e apreensão.
Entre os alvos está o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), José Carlos Lyra de Andrade. Um dos mandados cumpridos nesta manhã foi justamente na sede da Casa da Indústria, no bairro do Farol, em Maceió. No prédio, os policiais recolheram documentos para serem analisados posteriormente.
A FIEA informou por meio de nota que o presidente da entidade, José Carlos Lyra de Andrade, esteve na Polícia Federal, em Brasília, prestando esclarecimentos sobre a operação, desta terça.
A ação conta, ao todo, com a participação de 213 policiais federais e oito auditores do TCU. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens e valores dos investigados.
Leia a nota do Ministério do Turismo na íntegra:
"A atual gestão do Ministério do Turismo não assinou nenhum convênio até o momento. Além disso, a Pasta já havia determinado uma auditoria completa em todos os instrumentos de repasse antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da Polícia Federal, ação que resultou no cancelamento de um contrato no valor de R$ 1 milhão. O Ministério do Turismo, que não é alvo das buscas e apreensões da Operação Fantoche, está totalmente à disposição para colaborar com a investigação."
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