Em julho deste ano, moradores de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas, ficaram em choque com um caso que repercutiu em todo estado. Uma criança de 10 anos, identificada como Katharina Simões da Costa, foi encontrada morta enforcada no estábulo onde morava com a família no povoado Moreira.
Desde então, as investigações da Polícia Civil buscam esclarecer todas as circunstâncias que levaram a morte da criança. E, nesta terça-feira (03), o Caso Katharina ganhou um novo desdobramento. A Polícia Científica concluiu a reprodução simulada da morte da menina.
A Polícia Civil informou que o laudo do exame cadavérico apontou que a causa da morte foi asfixia por enforcamento, no entanto, a reprodução irá auxiliar no desfecho das investigações.
Os trabalhos que envolveram a equipe da Delegacia da cidade, peritos do Instituto de Criminalística, além dos pais da garota – que a encontraram no dia do fato e apresentaram versões divergentes – começaram pouco depois das 9h da manhã e foi divido em três etapas.
“A equipe técnica realizou uma reprodução simulada baseada nas informações fornecidas pelos pais, refazendo o percurso relatado por eles. Durante o exame, foram realizadas medições detalhadas no local, visto que, na época do incidente, não houve perícia oficial. Além disso, utilizamos materiais apreendidos pela Polícia Civil em uma diligência posterior para medir e simular a posição da vítima. Com os dados coletados, estamos conduzindo uma análise minuciosa para esclarecer os fatos, preservando a integridade das partes envolvidas”, afirmou a perita criminal Rafaela Jansons.
Os peritos utilizaram a mesma corda e a mesma cadeira encontradas com a criança. “A gente tentou reproduzir com o máximo de fidelidade de como foi no dia. Foi reproduzida a possibilidade de a criança ter amarrado a corda no teto e ter se pendurado. Em algumas posições, é possível que a criança tenha amarrado a corda, em outras não", disse Diogo Martins, chefe de operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios.
O procedimento foi acompanhado pelo promotor Luiz Alberto de Holanda, da 1ª Promotoria de Justiça de Palmeira dos Índios, pelo delegado Rosivaldo Vilar, policiais civis do 64º DP e pelos advogados das partes envolvidas. O laudo detalhado da reprodução simulada está previsto para ser enviado até o final de setembro.
A Polícia Civil e a Justiça de Alagoas já ouviram parentes, professores e outras testemunhas. Além disso, o irmão de Katharina, de 5 anos também foi ouvido de forma especial. A criança afirmou que a irmã teria sido agredida pelo pai com tapas no rosto antes de ter o corpo encontrado.
Com a conclusão do laudo da reprodução simulada dos fatos- também conhecida como reconstituição— as autoridades e familiares de criança esperam que o inquérito seja encerrado e aponte os possíveis culpados pela morte da criança.
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