Leonardo Freire/GloboEsportePolÃcia Federal realiza buscas na casa de vice-presidente da CBF Todo SegundoDo Todo SegundoA Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (09), a Operação Bola Fora que investiga possíveis irregularidades contra o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e prefeito do município alagoano de Boca da Mata, Gustavo Feijó (PMDB). De acordo com as investigações, Feijó teria recebido R$ 600 mil em “caixa 2” durante campanha eleitoral.
Durante ação policial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas a pedido do Ministério Público Eleitoral, em quatro endereços em Alagoas. Nos locais foram apreendidos documentos e mídias digitais.
Questionado sobre o assunto, Feijó confirmou que é alvo da operação, mas refutou as acusações. "O inquérito policial é sobre uma denúncia que foi feita contra minha pessoa. Estou com a consciência tranquila. Os fatos serão apurados e a gente vai ver quem está com a verdade", afirmou.
Ainda de acordo com a PF, durante as buscas o filho do vice-presidente da CBF, Felipe Feijó, que é presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), foi preso em flagrante por posse ilegal de arma, porém ele não faz parte das investigações da Operação Bola Fora. Ele foi levado para a sede da PF em Maceió, pagou fiança e foi liberado.
A Operação Bola Fora é um desdobramento da CPI do Futebol, instaurada em 2015 para investigar supostas irregularidades em contratos assinados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O superintendente da PF em Alagoas, delegado Bernardo Gonçalves falou sobre o assunto. "De acordo com esses emails, a campanha do atual prefeito teria sido de R$ 2 milhões e ele declarou apenas R$ 105 mil. E a CBF teria arcado com R$ 600 mil", explicou o delegado.
Na sede da FAF também houve cumprimento de mandados de buscas nesta manhã. A PF investiga se a entidade foi utilizada no esquema como ponte para o envio da verba de caixa 2. "Há também a possibilidade da CBF ter repassado o dinheiro para a Federação Alagoana de Futebol", disse Gonçalves.
Segundo o superintendente da PF, Gustavo Feijó pode responder por crime de falsidade ideológica eleitoral. "Há um indício de compra de votos porque em um dos e-mails ele fala de um valor para um vereador e de lavagem de dinheiro".