Abinoan Santiago/G1
Promotor de justiça foragido de Alagoas é preso no Amapá Todo SegundoDo Todo Segundo com PC/ALPoliciais do Núcleo de Inteligência (NI), da Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas, prenderam, no final da manhã desta segunda-feira (23), o promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo. Ele foi localizado na cidade de Macapá, no estado do Amapá.
Carlos Barbosa estava foragido desde novembro do ano passado quando foi condenado pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas a 76 anos de reclusão, por três estupros e oito atentados ao pudor, cometidos continuadamente contra duas filhas e uma enteada, além de produção de pornografia infantil, crime cometido entre os anos de 1993 até 2003.
A ação para localizar e prendê-lo foi determinada pelo secretário de Defesa Social e Ressocialização, Alfredo Gaspar de Mendonça. O trabalho foi coordenado pelo delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira e acompanhado pelo promotor Antonio Luiz, coordenador do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc).
De acordo com o diretor do NI, delegado Fabricio Nascimento, Carlos Fernando Barbosa estava escondido, e anteriormente a Polícia Civil já tinha tentado localizá-lo nos estados da Paraíba e Maranhão. O mandado de prisão foi expedido pelo pleno do TJ/AL.
Carlos Fernando Barbosa de Araújo será trazido para Alagoas pelos policiais civis assim que forem formalizados os procedimentos cabíveis para sua transferência.
O julgamentoO Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) condenou o promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo a 76 anos e cinco meses de reclusão, em novembro de 2014, por três estupros e oito atentados ao pudor, cometidos continuadamente contra duas filhas e uma enteada, além de produção de pornografia infantil. O crime de estupro foi praticado contra uma filha; as demais vítimas sofreram os atentados.
Foi determinada a perda definitiva do cargo e a prisão imediata do réu. O voto do desembargador relator, Fernando Tourinho de Omena Souza, foi acompanhado por unanimidade quanto à condenação e por maioria quanto à prisão. A pena foi fixada separadamente para os crimes cometidos contra cada uma das vítimas: 37 anos e três meses; 27 anos e três meses; e 11 anos e dez meses.
O crimeA representação pelo crime foi oferecida pela mãe de duas das vítimas, Elizabeth Rodrigues Pereira, em 2006. Em julho de 2008, o Pleno do TJ/AL recebeu a denúncia do Ministério Público, afastou o denunciado do exercício de suas funções e decretou sua prisão preventiva. Em agosto de 2009, o Pleno concedeu liberdade ao acusado, por unanimidade. Foi considerado que havia excesso de prazo na prisão preventiva, que já durava mais de um ano.