30/12/2025 17:09:17
Polícia
Relembre os 10 casos policiais que mais marcaram em Alagoas em 2025
Ano foi marcado no estado por crimes de grande repercussão, tragédias e episódios
ReproduçãoGabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, morreu durante uma perseguição da PM
Todo Segundo

O ano de 2025 foi marcado por crimes de grande repercussão, tragédias, investigações complexas e episódios que mobilizaram a opinião pública em todo o estado de Alagoas. Da violência urbana aos escândalos envolvendo figuras públicas, os acontecimentos mais impactantes do período ajudaram a moldar o debate sobre segurança pública, Justiça e políticas institucionais.

Chama atenção o fato de que grande parte dos casos envolve profissionais da área da saúde, vítimas ou protagonistas de crimes que chocaram a sociedade.

A seguir, o Top 10 dos casos policiais que mais repercutiram em Alagoas em 2025, em ordem cronológica dos fatos, relembrados pelo Portal Todo Segundo.

O desaparecimento da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, no município de Novo Lino, chocou Alagoas e ganhou repercussão nacional.

Inicialmente, a mãe, Eduarda de Oliveira, relatou que a filha teria sido sequestrada, dando início a uma ampla mobilização policial envolvendo forças de segurança de Alagoas e Pernambuco.

Após 11 dias de buscas, a própria mãe confessou que o corpo da bebê estava escondido dentro de um armário no quintal da residência.

Ela foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

No dia 24 de abril, Alagoas voltou ao centro do noticiário nacional com a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo derivado da Operação Lava Jato, Collor foi responsabilizado por receber cerca de R$ 20 milhões em propina envolvendo contratos da BR Distribuidora.

A prisão reacendeu debates sobre corrupção, impunidade e o papel da Justiça no combate a crimes de colarinho branco.

A morte do adolescente Gabriel Lincoln, de 16 anos, após uma perseguição policial em Palmeira dos Índios, provocou forte comoção social e protestos.

O jovem foi atingido por disparos durante uma abordagem da Polícia Militar. O episódio resultou no afastamento de policiais, manifestações populares e acompanhamento direto do Ministério Público.

O caso ampliou o debate sobre uso da força policial e a atuação das forças de segurança em Alagoas.

O ex-prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima, de 65 anos, morreu afogado no Rio Paraíba do Meio, no dia 5 de agosto.

Ele realizava um passeio de caiaque enquanto avaliava a viabilidade de um projeto de ecoturismo, quando foi surpreendido pela força da correnteza.

A morte causou grande comoção regional, levando o município, o estado e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) a decretarem luto oficial.

Em 14 de setembro, uma aeronave caiu em um canavial no município de Coruripe, no Litoral Sul de Alagoas.

No local, a polícia encontrou 195 quilos de cocaína, embalados com rótulos falsos da SpaceX.

O piloto australiano Timothy James Clark, de 46 anos, morreu no local. A identidade foi confirmada posteriormente por meio de exame de DNA, em ação conjunta da Polícia Federal e autoridades internacionais.

O caso revelou mais uma rota do tráfico internacional de drogas pelo Nordeste brasileiro.

Um crime envolvendo dois profissionais da saúde chocou o estado em novembro.

Um médico foi assassinado a tiros dentro do carro, em frente a uma Unidade Básica de Saúde, na zona rural de Arapiraca.

A principal suspeita do crime é a ex-esposa da vítima, também médica, presa horas depois em Maceió com a arma do homicídio.

O caso reacendeu debates sobre violência doméstica, relações abusivas e saúde mental.

Em dezembro, a técnica de enfermagem Valéria Tavares, de 40 anos, foi assassinada a tiros no bairro Chã da Jaqueira, em Maceió.

Mãe de três filhos, ela era considerada o principal sustento da família.

O crime causou forte comoção e segue sob investigação da Polícia Civil.

A enfermeira Ana Beatriz Cavalcante Ramos, de 29 anos, foi assassinada dentro da própria residência, no município de Penedo, no Baixo São Francisco.

O principal suspeito é um policial militar, ex-companheiro da vítima, que se apresentou às autoridades após ficar foragido.

O crime foi tratado como feminicídio e provocou revolta e protestos na cidade.

Outro caso envolvendo profissionais da saúde ocorreu em Arapiraca, onde o enfermeiro Ítalo Fernando foi assassinado dentro de um quarto de motel, no bairro Canaã.

Um policial militar foi preso em flagrante, suspeito de cometer o crime após encontrar a vítima com sua esposa.

O episódio teve grande repercussão no interior do estado.

Encerrando o ano, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

A investigação apurou desvio de recursos públicos, favorecimento em contratos emergenciais e lavagem de dinheiro, envolvendo milhões de reais.

O secretário de Saúde, Gustavo Pontes, foi afastado por 180 dias, assim como dez servidores. A operação teve forte impacto político e institucional.

2025 em síntese

A retrospectiva policial de 2025 revela um ano duro para Alagoas, marcado por violência, crimes de grande repercussão e escândalos institucionais. Ao mesmo tempo, os casos evidenciaram uma sociedade mais vigilante e exigente.

Para 2026, o desafio permanece: fortalecer a segurança pública, proteger vidas — especialmente de mulheres, crianças e profissionais da saúde — e garantir Justiça, transparência e responsabilidade institucional.

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