
O ano de 2025 foi marcado por crimes de grande repercussão, tragédias, investigações complexas e episódios que mobilizaram a opinião pública em todo o estado de Alagoas. Da violência urbana aos escândalos envolvendo figuras públicas, os acontecimentos mais impactantes do período ajudaram a moldar o debate sobre segurança pública, Justiça e políticas institucionais.
Chama atenção o fato de que grande parte dos casos envolve profissionais da área da saúde, vítimas ou protagonistas de crimes que chocaram a sociedade.
A seguir, o Top 10 dos casos policiais que mais repercutiram em Alagoas em 2025, em ordem cronológica dos fatos, relembrados pelo Portal Todo Segundo.
O desaparecimento da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, no município de Novo Lino, chocou Alagoas e ganhou repercussão nacional.
Inicialmente, a mãe, Eduarda de Oliveira, relatou que a filha teria sido sequestrada, dando início a uma ampla mobilização policial envolvendo forças de segurança de Alagoas e Pernambuco.
Após 11 dias de buscas, a própria mãe confessou que o corpo da bebê estava escondido dentro de um armário no quintal da residência.
Ela foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
No dia 24 de abril, Alagoas voltou ao centro do noticiário nacional com a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo derivado da Operação Lava Jato, Collor foi responsabilizado por receber cerca de R$ 20 milhões em propina envolvendo contratos da BR Distribuidora.
A prisão reacendeu debates sobre corrupção, impunidade e o papel da Justiça no combate a crimes de colarinho branco.
A morte do adolescente Gabriel Lincoln, de 16 anos, após uma perseguição policial em Palmeira dos Índios, provocou forte comoção social e protestos.
O jovem foi atingido por disparos durante uma abordagem da Polícia Militar. O episódio resultou no afastamento de policiais, manifestações populares e acompanhamento direto do Ministério Público.
O caso ampliou o debate sobre uso da força policial e a atuação das forças de segurança em Alagoas.
O ex-prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima, de 65 anos, morreu afogado no Rio Paraíba do Meio, no dia 5 de agosto.
Ele realizava um passeio de caiaque enquanto avaliava a viabilidade de um projeto de ecoturismo, quando foi surpreendido pela força da correnteza.
A morte causou grande comoção regional, levando o município, o estado e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) a decretarem luto oficial.
Em 14 de setembro, uma aeronave caiu em um canavial no município de Coruripe, no Litoral Sul de Alagoas.
No local, a polícia encontrou 195 quilos de cocaína, embalados com rótulos falsos da SpaceX.
O piloto australiano Timothy James Clark, de 46 anos, morreu no local. A identidade foi confirmada posteriormente por meio de exame de DNA, em ação conjunta da Polícia Federal e autoridades internacionais.
O caso revelou mais uma rota do tráfico internacional de drogas pelo Nordeste brasileiro.
Um crime envolvendo dois profissionais da saúde chocou o estado em novembro.
Um médico foi assassinado a tiros dentro do carro, em frente a uma Unidade Básica de Saúde, na zona rural de Arapiraca.
A principal suspeita do crime é a ex-esposa da vítima, também médica, presa horas depois em Maceió com a arma do homicídio.
O caso reacendeu debates sobre violência doméstica, relações abusivas e saúde mental.
Em dezembro, a técnica de enfermagem Valéria Tavares, de 40 anos, foi assassinada a tiros no bairro Chã da Jaqueira, em Maceió.
Mãe de três filhos, ela era considerada o principal sustento da família.
O crime causou forte comoção e segue sob investigação da Polícia Civil.
A enfermeira Ana Beatriz Cavalcante Ramos, de 29 anos, foi assassinada dentro da própria residência, no município de Penedo, no Baixo São Francisco.
O principal suspeito é um policial militar, ex-companheiro da vítima, que se apresentou às autoridades após ficar foragido.
O crime foi tratado como feminicídio e provocou revolta e protestos na cidade.
Outro caso envolvendo profissionais da saúde ocorreu em Arapiraca, onde o enfermeiro Ítalo Fernando foi assassinado dentro de um quarto de motel, no bairro Canaã.
Um policial militar foi preso em flagrante, suspeito de cometer o crime após encontrar a vítima com sua esposa.
O episódio teve grande repercussão no interior do estado.
Encerrando o ano, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
A investigação apurou desvio de recursos públicos, favorecimento em contratos emergenciais e lavagem de dinheiro, envolvendo milhões de reais.
O secretário de Saúde, Gustavo Pontes, foi afastado por 180 dias, assim como dez servidores. A operação teve forte impacto político e institucional.
2025 em síntese
A retrospectiva policial de 2025 revela um ano duro para Alagoas, marcado por violência, crimes de grande repercussão e escândalos institucionais. Ao mesmo tempo, os casos evidenciaram uma sociedade mais vigilante e exigente.
Para 2026, o desafio permanece: fortalecer a segurança pública, proteger vidas — especialmente de mulheres, crianças e profissionais da saúde — e garantir Justiça, transparência e responsabilidade institucional.

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