23/02/2018 23:29:21
Polícia
SSP dá detalhes sobre morte do vereador “Neguinho Boiadeiro”
Operação resultou na prisão de três pessoas envolvidas na morte do vereador ocorrida na cidade de Batalha
AssessoriaSSP dá detalhes sobre morte do vereador “Neguinho Boiadeiro”
Todo SegundoDa Assessoria

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) realizou, nesta sexta-feira (23), uma coletiva de imprensa para dar detalhes do trabalho de investigação realizado pela Polícia Civil de Alagoas, que resultou na prisão de três pessoas envolvidas na morte do vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro (PSD), ocorrida no município de Batalha.

A operação realizada hoje cumpriu dez mandados de busca e apreensão e quatro de prisão em Batalha, Maceió e Major Isidoro. Foram presos Sandro Pinto, Rafael Pinto e Maikel Santos. Um quarto envolvido está foragido.

Participaram da operação a Gerência de Polícia Judiciária da Área 4, o Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, as delegacias regionais de Penedo, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Batalha e Santana do Ipanema,  Delegacias de Homicídios, o Tático Integrado de Resgates Especiais (TIGRE), Asfixia, Operação Policial Integrada (Oplit) e o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).

O presidente da comissão de delegados nomeada para investigar o caso, delegado Cícero Lima, deu detalhes do trabalho realizado desde que o crime ocorreu.

Os investigadores realizaram diligências no local do crime, coletas de possíveis materiais utilizados na ação, busca por imagens locais, análises de rotas dos criminosos, identificação e interrogatórios de diversas pessoas que pudessem ter informações que auxiliasse a elucidar o crime.

“Identificamos que dois homens realizaram panfletagem de uma empresa inexistente de serviços gerais na cidade e nas imediações da Câmara de Vereadores quatro dias antes do crime. O carro utilizado, um Cobalt, saiu de Major Isidoro no dia do crime. Esse veículo teria sido roubado dois meses antes em Maceió e não foi utilizado para cometer outros delitos. Depois ele foi localizado incendiado em Major Isidoro, o que evidencia que a cidade serviu de base de apoio”, disse à imprensa.

Foram apreendidos computadores, celulares, documentos e outros objetos que serão periciados e que irão auxiliar no andamento das investigações. O material e os presos foram encaminhados para a Delegacia Geral da Polícia Civil, no bairro de Jacarecica, e os presos foram encaminhados para o sistema prisional alagoano.

O secretário da Segurança Pública, Lima Júnior, parabenizou as equipes envolvidas na operação afirmando ser importante o trabalho realizado, contribuindo assim para a elucidação do caso.

“Trabalhamos com provas técnicas e todo o trabalho que vem sendo feito visa elucidar o caso e chegar aos autores materiais e intelectuais do crime para que não restem dúvidas sobre a apuração das equipes policiais”, disse.

O delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, enfatizou o trabalho realizado pelas agências de Inteligência, afirmando que tiveram papel fundamental no processo de investigação do caso. Ele também destacou que a Segurança Pública vinha, desde que o crime ocorreu, acompanhando a situação.

“O crime apresenta dificuldade pelo modus operandi e foi necessário um trabalho de Inteligência pelo fato das pessoas que presenciaram o crime não falarem o que viram. Foi fundamental o trabalho da Inteligência, um trabalho belíssimo. A SSP tem esse e outros casos que estão sendo investigados e o silêncio faz parte do processo, lembro-me de outros casos de repercussão que tiveram uma demora na conclusão, mas que no fim apresentamos a elucidação”, afirmou.

Também presente à coletiva, o promotor de Justiça designado pelo Ministério Público do Estado (MPE) para acompanhar o caso, Luiz Vasconcelos, detalhou que pela complexidade do caso, as investigações precisam passar por algumas etapas e com muita eficiência a Polícia Civil conseguiu construir um retrato do crime, identificando os autores materiais do assassinato.

“Se a polícia chegou até essas pessoas presas é porque elas têm conexão direta com o crime. Agora é fase de se aprofundar nas investigações. Não fecho questão por aqui e abro o direito ao contraditório para os presos. Tudo será feito com cautela, parcimônia e zelo”, completou.

Estiveram presentes na coletiva também o secretário adjunto de Políticas da Segurança Pública, Manoel Acácio Júnior, os delegados que compõem a comissão que investiga a morte de Neguinho Boiadeiro, Rosivaldo Vilar e Gustavo Xavier, e o delegado Fabrício Lima, do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.

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