Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 - Ciclos de Vida, divulgados nesta quinta-feira (26), pelo IBGE, revelaram que apenas 62,9% dos homens alagoanos com 15 anos ou mais participam do pré-natal da gravidez atual ou participaram da gravidez da última criança com menos de seis anos de idade. A taxa é a segunda mais baixa entre todas as Unidades da Federação do país. Somente Sergipe (59,5%) registrou proporção menor.
A pesquisa também apontou que o número médio de filhos tidos pelos homens alagoanos de 15 anos ou mais é de 2,2, a maior proporção observada no Brasil ao lado do estado do Maranhão. Tocantins, Bahia e Piauí (todos com 2,1) aparecem logo atrás. Quanto à média de idade dos homens quando seu primeiro filho nasceu, o registro foi de 24,5 anos em Alagoas.
A PNS, realizada em parceria com o Ministério da Saúde, investigou informações sobre os Ciclos de Vida durante todo o ano de 2019. No Brasil, foram selecionados 108 mil domicílios, dos quais mais de três mil integravam a amostra em Alagoas.
Jovens alagoanas são as que menos fazem uso de algum método para evitar a gravidez
O estudo estimou ainda que 66% das mulheres alagoanas entre 15 e 24 anos faziam uso de algum método contraceptivo nos últimos 12 meses anteriores à entrevista. A proporção foi a mais baixa do país. Paraíba (68,1%) e Pará (72,3%) aparecem logo acima.
O recorte por idade revela que, quanto maior a idade, mais alta é a proporção de uso de métodos contraceptivos. Entre as alagoanas de 25 a 34 anos a taxa foi de 72,2%, subindo para 78,4% entre as mulheres de 35 anos ou mais.
Quanto ao método contraceptivo, a ligadura das trompas ou a vasectomia do parceiro (36,3%) representavam o tipo mais utilizado. A pílula anticoncepcional, por sua vez, apresentou taxa de 29,2%, enquanto a camisinha masculina (18,9%) e injeções contraceptivas (13,5%) surgiram logo atrás.
Sete a cada dez alagoanas realizaram exame preventivo para câncer de colo de útero
Entre as alagoanas de 25 a 64 anos, 71,3% realizaram o exame preventivo para câncer de colo de útero há menos de três anos da data da entrevista. A proporção cresce à medida que aumenta o nível de instrução, saindo dos 67,3% entre as que não tinham instrução e com o fundamental incompleto para 69,9% entre aquelas com fundamental completo e médio incompleto, passando para 74,4% para as alagoanas com médio completo e superior incompleto e alcançando 78,2% entre as que tinham superior completo. O rendimento também aparece como um fator relacionado às diferenças nesse quesito. Entre as mulheres na faixa de sem rendimento até ¼ do salário mínimo a proporção era de 69,8%. Já na outra ponta, a taxa observada foi de 82,2% entre aquelas com mais de cinco salários mínimos.
Metade das alagoanas de 50 a 69 anos realizou mamografia
Entre as alagoanas de 50 a 69 anos de idade, 50,5% realizaram exame de mamografia há menos de dois anos da data da entrevista. Mais uma vez, o nível de instrução representou diferenças. Entre as mulheres com ensino superior completo, a proporção foi de 69,2%, taxa que caiu para 41,3% entre as sem instrução e fundamental incompleto.
A disparidade se acentua quando observados os critérios de rendimento. Entre as alagoanas com rendimento de mais de cinco salários mínimos, a proporção foi de 73%. Por outro lado, a taxa foi de 30,3% entre aquelas sem rendimento até ¼ do salário mínimo.
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