Além do crescimento da população idosa no estado e em todo o país, revelado pelos dados do Censo 2022, outros indicadores confirmam que a população de 60 anos ou mais tem ocupado novos espaços, inclusive os virtuais.
Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, que divulgou, nesta quinta-feira (9), o módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs). As estatísticas mapeiam o acesso à internet, presença de equipamentos eletrônicos (televisão, celular, tablets etc), uso de streaming e TV por assinatura, entre outros indicadores.
Crescimento do uso de internet entre a população idosa é destaque
Os idosos estão cada vez mais conectados. No último ano, mais de metade (50,4%) da população alagoana que tem 60 anos ou mais teve acesso à internet.
A comparação com a série histórica indica um avanço substancial na inclusão dessa população no meio virtual. Em 2016, apenas 53 mil idosos fizeram uso da internet em todo o estado, o que correspondia a um percentual de cerca de 14%.
Desde o início da pesquisa – ou seja, entre os anos de 2016 e 2022 – houve um crescimento de 36.5 pontos percentuais no acesso ao meio virtual por parte dessa população no estado. Nesse mesmo período, segundo os dados da Pnad Contínua, a população com 60 anos ou mais passou de 380 mil para 403 mil pessoas em AL.
Durante 2022, cerca de 2,3 milhões de pessoas com 10 anos ou mais utilizaram a internet no estado.
Idosos avançam no uso de internet, mas ainda possuem menor taxa de acesso
Apesar do avanço na inclusão, a população idosa ainda representa a faixa etária com menor acesso à internet. Em todo o país, as faixas de 20 a 24 anos e 25 a 29 anos alcançam os maiores percentuais de virtualização (96,1%), e aqueles com 60 anos ou mais tem os menores índices (62,1%).
Alagoas segue a tendência nacional. No estado, o maior índice de uso de internet está entre aqueles que tem entre 25 e 29 anos (95,6%). As crianças de 10 a 13 anos, primeira faixa investigada pela pesquisa, e que geralmente representam a idade de início de acesso à internet e eletrônicos, possuem índice de 82,5% de utilização. Os recortes que compreendem as faixas etárias de 14 a 39 anos alcançam percentuais sempre superiores a 90%.
O declínio começa a partir dos 40 a 49 anos, quando o número cai para 87%. A partir daí, há queda do acesso à internet para 77,6% (50 a 59 anos) até o menor percentual de uso, que é de 50,4% (60 anos ou mais).
De acordo com as estatísticas nacionais, não saber usar foi o principal motivo entre 61% dos idosos que afirmaram não ter acessado a internet em 2022.
Nordeste tem menor número de idosos conectados
A região Nordeste concentra o menor percentual de idosos que acessaram a internet em 2022 (51,2%). O maior índice está no Centro-Oeste (69,4%).
Na comparação por unidades da federação (UFs), o estado de AL ocupa o 21º lugar geral. A população idosa que mais acessou a internet em 2022 está no DF (82,2%); em seguida, surgem RJ (72,3%) e RR (71,6%).
Os menores índices de acesso estão no PI (45,9%), MA (46,4%) e PB (48,7%).
Uso de telefone celular
Em AL, cerca de 261 mil idosos possuem telefone celular para uso pessoal. Ao comparar com a série histórica, também houve crescimento do acesso à telefonia: no ano de 2016, o uso de celular estava presente para 52,4% da população idosa, com contingente de 199 mil pessoas; em 2022, esse percentual é de 64,7%.
O estado ocupa a 19º posição entre as unidades da federação (Ufs) do país no uso de celular por idosos. Contudo, em comparação regional, é o 3º do Nordeste.
Sobre a pesquisa
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, é uma pesquisa amostral realizada de modo mensal, trimestral ou anual, para obter dados acerca do mercado de trabalho e demais indicadores relevantes para o desenvolvimento socioeconômico do país e elaboração de políticas públicas.
O módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) contém dados sobre acesso à internet, uso de equipamentos eletrônicos, streaming, TV por assinatura, entre outros indicadores. Os dados podem ser consultados de forma pública através da plataforma SIDRA
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