A pressão dos líderes indígenas está grande em Brasília para pressionar o presidente Luís Inácio Lula da Silva para que ele assine a demarcação de terras indígenas em algumas áreas pelo Brasil, dentre elas, Palmeira dos índios, em Alagoas. O problema é que Lula não tem total segurança sobre novas demarcações, principalmente aquelas localizadas em áreas de atividade da agricultura familiar ou urbanas.
A insegurança política é tão grande que o presidente precisou consultar governadores sobre as consequências dessas demarcações. Também existem muitas discordâncias, no entorno de Lula, especialmente daqueles considerados de confiança do presidente. O questionamento é sobre o modelo de demarcação feito pela Funai, que atinge milhares de agricultores familiares ou pequenos proprietários de terras, ou seja, é tirar de pobre para dar a pobre.
Lula deixou muito claro no Conselho Nacional de Proteção Indígena (CNIP) quando anunciou homologação de novas áreas indígenas. Segundo o presidente, a decisão de homologar apenas duas áreas indígenas, das seis que estavam previstas, veio para evitar problemas futuros. “A gente não quer briga, nem prejudicar o indígena e também não quer prejudicar um trabalhador rural”, justificou, se referindo ao ato presidencial que poderia tirar terras de pobre para dar a pobre.
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