Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 19,1% dos estudantes alagoanos de 13 a 17 anos de idade já experimentaram cigarro, com diferença significativa entre meninos (21,2%) e meninas (16,9%) e entre alunos da rede pública de ensino (19,8%) na comparação com o sistema privado (15,2%).
Além disso, 9,4% dos estudantes nessa faixa etária haviam fumado antes de completar 14 anos. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). O levantamento foi feito em 2019 e os resultados só foram divulgados agora pelo IBGE.
Assim como em relação à bebida, a PeNSE também averiguou junto aos adolescentes o consumo atual de cigarros: 5% dos estudantes alagoanos haviam fumado nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa, sendo o consumo atual maior no Sul (8%) e menor no Nordeste (4,7%).
Além do uso do cigarro tradicional, a pesquisa investigou o uso de cigarro eletrônico. No Brasil, a importação, propaganda e venda desses produtos são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A despeito disso, 10,7% dos estudantes alagoanos já haviam fumado pelo menos uma vez, taxa abaixo da média nacional (16,8%).
“Nos Estados Unidos, o uso do cigarro eletrônico já é considerado uma epidemia. Aqui está sendo difundido recentemente e é algo muito atrativo para os jovens, porque é visto como um produto tecnológico que preserva a saúde. Em geral, há aromatizantes e sabores que ajudam o paladar e, com isso, atraem os adolescentes e até mesmo as crianças”, frisa Andreazzi. De acordo com estudos elencados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), os níveis de toxicidade do cigarro eletrônico podem prejudicar a saúde tanto quanto os do cigarro comum.
Segundo o gerente da PeNSE, assim como há apelo para o consumo do cigarro eletrônico pelos jovens, acontece o mesmo com o narguilé, uma espécie de cachimbo usado para fumar tabaco. Em 2019, o produto já havia sido experimentado por 15,8% dos estudantes alagoanos de 13 a 17 anos. De modo geral, as regiões Norte (13,6%) e Nordeste (13,2%) apresentaram baixas taxas. Algumas unidades da federação ficaram muito acima da média nacional, como Paraná (52,4%), Distrito Federal (50,6%) e Mato Grosso do Sul (48,9%).
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