O Setembro Amarelo, campanha nacional de valorização da vida e prevenção ao suicídio, ganha ainda mais relevância em Palmeira dos Índios diante dos números registrados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Entre os anos de 2020 e 2024, o município contabilizou 715 notificações de ocorrências relacionadas à saúde mental, envolvendo casos de intoxicação exógena e violência autoprovocada.
De acordo com os dados divulgados pela Vigilância em Saúde, foram 448 casos de intoxicação exógena e 267 registros de violência autoprovocada, revelando que a realidade local segue a tendência nacional de crescimento de situações ligadas ao sofrimento psíquico e à fragilidade emocional.
Intoxicação exógena: jovens lideram casos
A maioria das notificações por intoxicação exógena ocorreu entre pessoas de 20 a 34 anos, com 138 registros nessa faixa etária. Outro dado que chama atenção é o predomínio do sexo feminino, que corresponde a 289 dos 448 casos.
Em 2024, apenas nessa categoria, o município registrou 144 intoxicações relacionadas ao uso de medicamentos, evidenciando que esse tipo de automedicação ou ingestão intencional segue como um dos principais fatores de risco.
No mesmo período, foram notificadas 267 ocorrências de violência autoprovocada. A concentração também foi maior entre pessoas de 20 a 34 anos, seguida pela faixa de 15 a 19 anos. Entre os registros, 181 eram mulheres, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas à saúde mental feminina e à juventude.
Quanto ao perfil social, a maioria dos casos aparece como “ignorado” ou em branco no quesito estado civil (137 registros). Na sequência, surgem 82 solteiros e 33 casados ou em união consensual.
Diante desse cenário, as secretarias municipais em Palmeira dos Índios montaram uma agenda integrada de atividades durante todo o mês de setembro, com palestras, rodas de conversa e ações educativas. O objetivo é quebrar o silêncio em torno do tema e ampliar o acesso à informação, mostrando que cada vida é única e merece cuidado.
Para a SMS, os números reforçam a importância da prevenção contínua: “O Setembro Amarelo é um momento simbólico, mas a luta pela vida precisa ser permanente. Precisamos olhar para esses dados como um chamado à ação coletiva, envolvendo famílias, escolas e toda a sociedade”, destacou a pasta.
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