Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgados no última sexta-feira (16), pelo IBGE, apontam para a menor taxa anual de desocupação em Alagoas desde o início da série histórica, em 2012. Em 2023, a taxa anual de desocupação no estado foi de 9,2%; em 2022, este número era de 12% de desocupação entre as pessoas com 14 anos de idade ou mais.
Alagoas foi uma das oito unidades da federação (UFs) que apresentou o menor percentual de desocupação de sua série histórica na pesquisa. No Nordeste, o estado possui a terceira menor taxa de desocupação em 2023, atrás apenas do Ceará (8,5%) e Maranhão (7,9%). A média nacional é de 7,8%.
No último trimestre de 2023, de outubro a dezembro, a taxa de desocupação em Alagoas alcançou 8,9%, valor ainda menor do que a média anual no estado. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, em 2022, houve redução de 0,4 ponto percentual.
Rendimento médio habitual
O rendimento médio habitual da população ocupada no estado é o quinto menor do país. Os alagoanos tiveram renda média de R$1.977,00 em 2023; no Brasil, o valor médio alcançado é de pouco mais que dois salários mínimos: R$2.979,00. As maiores rendas médias anuais estão concentradas no DF (R$4.944), RJ (R$3.632) e SP (R$3.592).
Nível de ocupação
O percentual de pessoas ocupadas em relação ao número de pessoas com idade para trabalhar, em Alagoas, é de 47,3%. Esse nível de ocupação é o quinto menor do país, acima apenas de PE (47,3%), MA (46,7%), RN (46,6%) e AC (45,7%).
Santa Catarina (66%) é o estado com maior proporção de pessoas em idade laboral ocupadas em todo o país. Na região Nordeste, Sergipe tem o melhor desempenho no índice (51,5%). A média brasileira apresenta 57,6% de ocupação.
Subutilização da força de trabalho
Alagoas tem 28% de subutilização da força de trabalho em 2023 e alcança o quinto maior índice do país. O indicador mede a relação entre o percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, em relação à força de trabalho ampliada.
O estado do Piauí alcança a liderança na subutilização da força de trabalho (40,3%). Na outra ponta, Santa Catarina possui um índice de apenas 6%. A média nacional é 18%.
Taxa de informalidade
Apesar da figurar acima da média nacional, Alagoas possui a segunda menor taxa de informalidade do Nordeste. A taxa anual de informalidade em 2023 no estado foi de 45,7% da população ocupada. No Brasil, o índice é de 39,2%.
Na região, apenas o RN possui melhor desempenho, com 44,7% de informalidade.
Estima-se que existam 578 mil pessoas ocupadas informalmente em Alagoas. No setor privado, são cerca de 573 mil pessoas empregadas; aproximadamente 340 mil trabalham com carteira assinada.
As estatísticas da PNADC apontam para o contingente de 243 mil pessoas empregadas no setor público no estado no 4º trimestre de 2023. Cerca de 23% da população ocupada, ou 288 mil pessoas, trabalhava por conta própria no período.
Desalentados
Alagoas foi um dos estados com maior percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no 4º trimestre de 2023.
Embora tenha apresentado queda em relação ao trimestre anterior (11%) e ao mesmo trimestre de 2022 (12,4%), a proporção de desalentados em Alagoas ainda foi a terceira mais elevada do país no período: 9,9%. Piauí (12%) e Maranhão (11,7%) lideram os números do último trimestre do ano.
Os desalentados são um subgrupo que engloba aqueles que, apesar de fazerem parte da força de trabalho potencial, não buscaram emprego por considerar que não conseguiriam ou que não havia.
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