Diante da grave crise financeira que se encontra a Universidade Federal de Alagoas, o reitor Josealdo Tonholo fala diretamente aos mais de quatro mil estudantes que participam de programas de bolsas de assistência estudantil e acadêmicas. Em vídeo, o gestor lamenta o atraso no pagamento e explica que a instituição ainda não recebeu o repasse do Ministério da Educação (MEC) para poder honrar o compromisso com os bolsistas.
Tonholo também fala dos cortes no orçamento 2021, que ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional. A previsão é que entre em votação na próxima semana. “Em 2020, a Ufal conseguiu honrar com todos os compromissos relacionados às bolsas. Pagamos com o orçamento passado todas as bolsas. Neste ano de 2021, temos dois problemas muito graves. Primeiro é a falta do orçamento da União que ainda não foi votado no Congresso e, hoje, nos traz problemas com relação ao repasse do financeiro. Isso tem atrapalhado bastante todo nosso planejamento para o ano de 2021. O outro ponto grave é que esse orçamento, que ainda será aprovado, prevê um corte da ordem de 40 milhões de reais em custeio. Recursos esses que são usados para pagar as empresas que prestam serviço à Ufal e as bolsas dos estudantes”, declarou.
Pelo cenário que se apresenta, Tonholo prevê que 2021 será um ano muito difícil e de muito transtorno. “O mais grave é que a situação do orçamento, até agora não aprovado, implica na liberação contingenciada de recursos por parte do Ministério da Economia ao MEC e depois para as universidades. Estamos finalizando o terceiro mês do ano e, até agora, não recebemos sequer 40% do orçamento que deveria ter sido destinado, mesmo considerando os cortes que estão previstos para o novo orçamento”, disse.
O reitor garante que a Ufal vai continuar funcionando e que os servidores das pró-reitorias Estudantil (Proest), de Gestão Institucional (Proginst) e do Departamento Financeiro (DCF) estão trabalhando muito para que, assim que o financeiro seja repassado à Universidade, as bolsas sejam pagas de imediato. “A gestão da Ufal ratifica seu compromisso com a assistência estudantil. Não queremos nenhum estudante para trás; queremos que todas as bolsas sejam pagas e vamos brigar por isso até a última instância”, comprometeu-se.
Sobre os cortes no orçamento, Tonholo explica que tem acionado constantemente toda bancada federal e o MEC para que seja revertido o que está na previsão de cortes. “Esperamos que haja, ainda em tempo, uma revisão do orçamento que vai ser analisado e aprovado nos próximos dias pelo Congresso Nacional. Essa é a hora de a gente se unir em torno da educação pública, de qualidade e gratuita, que é o que queremos para todos. A educação transforma e nós acreditamos nisso e não vamos abrir mão de dedicar todos os esforços por essa causa”, finalizou o reitor.
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