A Secretaria do Estado da Saúde (Sesau) na noite da segunda-feira (8), a informou que um jovem de 22 anos, natural do estado do Espírito Santo, foi testado quando se encontrava em viagem a Alagoas e apresentou resultado positivo para a monkeypox, conhecida como varíola dos macacos, conforme resultado apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ele já retornou para o estado de origem e o Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) de Alagoas já comunicou o caso às autoridades sanitárias do Espírito Santo.
Atualmente, Alagoas tem 18 casos suspeitos da doença (oito do sexo feminino e 10 do sexo masculino). Desde o início da investigação de casos no estado, quatro já foram descartados, após exames laboratoriais, sendo um de Messias, um de Maceió e dois de Rio Largo.
Os outros 14, sendo oito de Maceió, um de Rio Largo, um de Ouro Branco, três de Inhapi e um de Penedo, permanecem em investigação e os resultados dos exames de diagnóstico ainda não têm data para divulgação, já que são processados pela Fiocruz, no Rio de Janeiro. Para isso, o material biológico é coletado pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen-AL) e encaminhado para a capital carioca, por meio de uma transportadora contratada pelo Ministério da Saúde.
"Os pacientes classificados como casos suspeitos permanecem sob monitoramento das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios de origem. Conforme informações atualizadas, eles estão em isolamento domiciliar, sem evolução negativa do estado de saúde e, após cumprirem o período de isolamento preconizado, serão liberados", diz nota da Sesau.
Monkeypox
A varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O nome monkeypox se origina da descoberta inicial do vírus em macacos em um laboratório dinamarquês em 1958. O primeiro caso humano foi identificado em uma criança na República Democrática do Congo em 1970.
Atualmente, os sintomas mais comuns do monkeypox estão diferentes do que foi descrito em surtos anteriores, que são registrados em países da África pelo menos desde os anos 1970.
Antes de esse vírus se espalhar para outras partes do mundo, as manifestações mais comuns da infecção eram febre, mal-estar, inchaço dos gânglios, dor de cabeça, suadouro e o surgimento de várias lesões na pele, principalmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés. Agora, os médicos percebem outro padrão: os pacientes ainda têm febre e mal-estar, mas a maioria deles apresenta poucas feridas, que se localizam principalmente nos genitais e no ânus. Elas também aparecem com características diferentes e muitas vezes se assemelham a espinhas ou a uma crise de herpes simples.
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