Servidores da rede estadual de educação irão paralisar as atividades por três dias a partir quinta-feira (10), segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal). O objetivo é pressionar o governador do estado, Paulo Dantas, a implantar o percentual do piso da educação, de 14,95%, e outras 11 reivindicações da categoria.
Segundo Izael Ribeiro, presidente do Sinteal, estão sendo realizadas mobilizações nas escolas e diálogo com a comunidade escolar, pais, mães, responsáveis e estudantes sobre as razões da greve. “O povo merece saber que o governador Paulo Dantas não está valorizando a educação, diferentemente do que mostrou a propaganda do seu governo e a sua campanha eleitoral”, disse.
“Estamos lutando pela qualidade da educação pública, pela valorização dos profissionais que estão cotidianamente com os filhos do povo. Temos o cuidado de dialogar e explicar aos pais, mães e estudantes como é a realidade, o salário (defasado!), as carreiras (achatadas!), os direitos (desrespeitados!) de quem trabalha na educação”, afirmou o presidente do Sinteal.
“A educação tem recursos; a educação tem necessidades. Não vamos aceitar um “Não” como resposta final. Exigimos respeito e vamos continuar a luta. Fizemos um dia de paralisação, e, agora, teremos a greve de três dias. Esperamos que não seja necessário decretar greve por tempo indeterminado para o governador Paulo Dantas decidir valorizar a educação. E a categoria já está impaciente”, contou Izael.
As escolas estarão paradas, mas a categoria estará ativa. Na sexta-feira (11), Dia do Estudante, haverá vários atos públicos pelo estado. Em Maceió, o protesto acontecerá, de manhã, no CEPA, no bairro do Farol, onde fica localizada a sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Na segunda-feira (14), terceiro dia de greve, será realizada uma assembleia estadual. “A educação tem recursos; a educação tem necessidades. Não vamos aceitar um “Não” como resposta final. Exigimos respeito e vamos continuar a luta. Fizemos um dia de paralisação, e, agora, teremos a greve de três dias. Esperamos que não seja necessário decretar greve por tempo indeterminado, finalizou Izael.
Com data-base em maio, o Sinteal tenta a negociação com o governo desde o início do ano. Foram enviados ofícios, realizadas reuniões, mas, na prática, foram poucos avanços. Durante um período, todos os sindicatos e associações de servidores/as públicos/as unificaram o movimento, realizaram mobilizações, mas a resposta do governo continuou muito longe de atender a pauta da educação.
Além do reajuste de 14,95%, a pauta de reivindicações também tem os seguintes pontos:
1) Complementação de carga horária para professores(as) e funcionários(as);
2) Concurso Público para o quadro funcional efetivo da SEDUC/AL;
3) Mudança de letras dos(as) funcionários(as) da Educação;
4) Mudança de letras dos(as) profissionais do Magistério;
5) Revisão do valor do Difícil Acesso;
6) Gratificação para todos(as) os(as) Coordenadores(as) Pedagógicos(as);
7) Implantação do piso salarial na carreira do magistério;
8) Organização do Calendário de Férias;
9) Condições de trabalho;
10)Vale-transporte;
11) Vale-refeição.
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