O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira (29) na Câmara dos Deputados que o ajuste econômico proposto pelo governo não vai influenciar no crescimento do País — portanto, não afetará o PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de riquezas do País).
Levy foi convidado para debater as medidas adotadas pelo governo com o objetivo de reduzir os gastos.
No final do ano passado, o governo enviou ao Congresso Nacional duas medidas provisórias que sugerem mudanças nas regras para obtenção de benefícios previdenciários e trabalhistas, como o seguro-desemprego, o seguro-defeso para pescadores e a pensão por morte.
O ministro disse que o Brasil vive um momento favorável ao aumento do emprego, de investimentos e da renda. Levy defendeu que o ajuste é necessário para a retomada do crescimento.
— Na verdade, nós estamos fazendo essa reorientação porque o crescimento vinha se desacelerando.
Levy disse que os investimentos em áreas prioritárias dependem do aumento da poupança pública e comparou as políticas econômicas praticadas no Brasil e na Índia. De acordo com o ministro, o crescimento da Índia se deve à capacidade do País de economizar, cortando gastos públicos.
— O campeão de crescimento é a Índia e o campeão de poupança também é a Índia. Eles crescem porque eles podem investir, porque eles poupam, apesar de eles serem muito mais pobres do que nós. A renda média da Índia é uma fração da renda média do Brasil. Mas eles poupam e, por isso, eles estão crescendo.
O mandatário também citou as mudanças adotadas pela China, como o fim da política anticíclica, e ressaltou que o Brasil deve seguir o mesmo caminho. Levy também argumentou que o aumento no preço dos combustíveis foi preciso para estimular a competitividade do biocombustível frente a gasolina.
— Foi bom até no aspecto ambiental e ajuda a financiar o transporte de massa. Mas nós não fizemos a recomposição total para não fazer um choque muito forte.
Do R7
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