O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste domingo (18) que o Brasil não pode ser conivente com "trabalho análogo à escravidão", uma referência à saída dos cubanos do Mais Médicos após decisão do governo do país caribenho.
Em seguida, Bolsonaro questionou: "É justo confiscar 70% do salário de uma pessoa? Não é justo".
— Não podemos admitir escravos cubanos no Brasil e não podemos continuar alimentando a ditadura cubana.
As declarações foram dadas na Arena Carioca, onde o presidente eleito assistiu à etapa carioca de uma competição internacional de jiu-jítsu.
Bolsonaro disse ainda ser uma "questão humanitária" não aceitar as condições a que os cubanos estavam submetidos no programa.
— Não podemos ser coniventes com o trabalho análogo à escravidão. É a questão humanitária. Não sou o presidente. Dia 1º nós vamos apresentar o remédio para isso, se bem que o presidente Temer está trabalhando nesse sentido.
Segundo ele, algumas prefeituras mandaram embora seus médicos para receber um profissional, com o custo assumido pelo governo federal. Bolsonaro frisou que a convocação de profissionais do Exército só é feita em caso de necessidade.
— Tem prefeitura que mandou o médico embora para pegar o cubano. Quer ficar livre da responsabilidade. A saúde também tem sua responsabilidade.
Na saída de seu condomínio, no Rio de Janeiro, rumo à Arena Carioca, Bolsonaro foi saudado por um grupo de cerca de 30 pessoas — como já se tornou rotina. Dessa vez, porém, permaneceu no carro. Não falou com os admiradores nem posou para fotos.
Durante a campanha, o presidente eleito recebeu apoio da Federação de Jiu-jítsu e chegou a ser agraciado com uma faixa preta pelo presidente da entidade, Robson Gracie.
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