DivulgaçãoAções da Petrobras caem mais de 5%; bolsa tem baixa de 7% na semana Todo SegundoA bolsa brasileira fechou em baixa de mais de 3% nesta sexta-feira (11), pressionada por mais um dia forte queda das ações da Petrobras, seguindo as quedas das bolsas nos Estados Unidos e diante de nova baixa do preço do petróleo, que corroborou preocupações do mercado quanto ao cenário desfavorável para as commodities e de menor atividade global.
O Ibovespa, o principal índice da bolsa paulista, recuou 3,73%, a 48.001 pontos, nível mais baixo desde 26 de março. Veja cotação.
Na semana, a bolsa acumulou perda de 7,68%, seu pior desempenho desde a terceira semana de maio de 2012. No mês, a queda acumulada é de 12,3%.
O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,5 bilhõe.
Petrobras cai mais de 35% no ano As ações ordinárias da Petrobras caíram mais de 5% e, as preferenciais, 6,56%, fechando no menor patamar desde julho de 2005, a R$ 10,11. No ano, os papéis da companhia já acumulam queda de mais de 36%.
O mercado aguarda ainda para esta sexta-feira a divulgação do balanço não auditado da Petrobras, referente ao 3º trimestre.
Na véspera, o Ministério Público Federal divulgou as primeiras denúncias resultantes da operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema de corrupção na estatal. Os procuradores anunciaram que irão pedir ressarcimento de ao menos R$ 1,18 bilhão por desvios na empresa.
Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal "Valor Econômico" informou que uma ex-gerente da estatal já havia alertado a diretoria, entre eles a atual, presidente, Graça Foster, e Sergio Gabrielli, sobre desvios e irregularidades.
A informação levou a oposição a pedir a demissão da presidente da Petrobras, Graça Foster, e dos demais integrantes da diretoria da estatal.
"A Petrobras está sofrendo com o escândalo político, mas o preço da ação também anda junto com o de outras petrolíferas do mundo. A queda do petróleo está tão forte nos últimos dois meses que começa afetar o risco de crédito e as taxas que o mercado cobra dessas empresas", disse à Reuters o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.
O petróleo tipo Brent fechou abaixo abaixo de US$ 62 o barril atingindo novas mínimas em cinco anos em meio a preocupações persistentes com um excesso de oferta global e a perspectiva de demanda fraca.
Participantes do mercado têm mostrado preocupações quanto aos retornos dos projetos da estatal no pré-sal, por conta da queda do valor do barril do petróleo, e com o impacto das denúncias de corrupção.
O vencimento de opções sobre ações na segunda-feira colaborou para piorar o desempenho da ação da Petrobras, com agentes do mercado fechando posições para evitar maiores perdas.
Adicionalmente, dados da economia chinesa divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas foram pouco animadores. Segundo o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, os números causam preocupações de que a economia do gigante asiático não esteja respondendo aos últimos estímulos do governo. A produção industrial chinesa de novembro cresceu 7,2%, abaixo das expectativas.
CSN, Usiminas e Gerdau ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa, com recuo superior a 6%.
Já na ponta positiva do Ibovespa foram destaque as ações da companhia paranaense de energia Copel, com alta de 3,39%, após o Goldman Sachs elevar a recomendação do papel de neutra para compra.
A construtora e incorporadora Rossi Residencial ganhou 16%, em um movimento de recuperação de preço após registrar queda de cerca de 40% nos últimos seis dias.
Do G1 SP