Armando Ferraz/Futura PressAto Pró-Dilma atrai cerca de 12 mil no centro de São Paulo Todo SegundoUm ato organizado por sindicatos e movimentos sociais reúne cerca de 12 mil pessoas no centro da capital paulista na tarde desta sexta-feira (13), de acordo com informações da Polícia Militar. Mas a CUT (Central Única dos Trabalhadores) diz que o número de participantes chega a 100 mil.
Apesar de ter sido divulgada como uma manifestação em prol dos direitos dos trabalhadores e da Petrobras, é muito claro o apoio à presidente Dilma Rousseff em gritos de guerra, cartazes e bandeiras dos manifestantes.
Nem a chuva forte que cai na região conseguiu dispersar o ato que começou por volta das 15h na avenida Paulista e desce a Consolação no sentido centro. Durante o percurso, os manifestantes gritaram “Fica, Dilma”.
Na Consolação, comerciantes fecharam as portas devido ao ato. No início da noite, os manifestantes chegaram à praça da República, onde o ato foi dispersado. Todo o movimento ocorreu sem incidentes.
Em São Paulo, o protesto reuniu centrais sindicais que defendem a estatal brasileira, manutenção da Caixa Econômica Federal 100% pública e mudanças na política econômica do governo. Já os professores reclamam da superlotação das salas de aula e reivindicam aumento salarial.
A manifestação integra o Dia Nacional de Luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da democracia, da Petrobras e pela reforma política.
O representante da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antonio de Moraes, destacou a unidade dos protestos que ocorrem nesta sexta (13) em várias capitais do País.
— Trabalhadores do campo e da cidade dizem que paralisar a Petrobras é paralisar o Brasil. São cerca de 1,5 milhão de empregos que giram em torno da indústria do petróleo. Entregar o pré-sal é um crime e o povo não permitirá.
Para ele, é preciso apurar e punir os responsáveis pelos esquemas de corrupção na empresa. O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), Adilson Araújo, disse que o ato é em defesa da governabilidade e pelo direito constitucional de manutenção da presidenta Dilma Rousseff na Presidência.
— A classe trabalhadora compreende que é necessário ganhar as ruas. Nós temos, sim, o compromisso de disputar nesse Congresso mais conservador uma agenda positiva, uma agenda que permita fazer com que o Brasil dê continuidade ao ciclo mudancista iniciado por Lula [Luiz Inácio Lula da Silva].
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou por meio de nota que, apesar de considerar legítimo o direito à manifestação, pediu que todos os estudantes da rede estadual compareçam normalmente às escolas na segunda-feira (16). A Pasta acredita que a decisão de um dos sindicatos de professores, a Apeoesp, não representa os mais de 230 mil professores da rede, que devem comparecer às aulas, de maneira costumeira.
A Secretaria informou ainda sobre a existência de um plano de carreira que estabeleceu aumento acumulativo de 45% em quatro anos e alçou o piso salarial paulista a patamar 26% maior do que o nacional. Os profissionais da Educação ainda podem conquistar o reajuste salarial anual de 10,5% por meio da valorização pelo mérito, segundo informou a secretaria.
Do R7