O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro, com parcelas de R$ 300. Mais de 65 milhões de brasileiros recebem o benefício durante a pandemia do novo coronavírus.
"Seiscentos é muito para quem paga, no caso o Brasil. E podemos dizer que não é um valor suficiente para todas as necessidades, mas, basicamente, atende. Então, até atendendo à economia, em cima da responsabilidade fiscal, fixar em R$ 300", disse Bolsonaro em entrevista coletiva no Palácio da Alvorada.
Após cinco depósitos de R$ 600 de abril a agosto, ocorrerão mais quatro pagamentos com a metade do valor.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo decidiu não deixar ninguém para trás e que a solução encontrada foi a melhor possível.
Bolsonaro fez o anúncio após participar de café da manhã com parlamentares e integrantes do governo.
O governo reduziu o valor do pagamento para amenizar o impacto no caixa da União. As cinco primeiras parcelas custaram cerca de R$ 50 bilhões mensais.
A iniciativa de conversar com os congressistas antes de finalizar a proposta é mais um gesto de aproximação do presidente em relação ao Legislativo.
Reforma administrativa
Antes de anunciar a mudança no auxílio emergencial, Bolsonaro afirmou que encaminhará na quinta-feira a reforma administrativa. "Que fique bem claro: não afetará os atuais servidores, atingirá apenas os futuros servidores concursados."
Guedes afirmou que a reforma é importante por redefinir a trajetória do serviço público no futuro.
"Com qualidade, com meritocracia, concursos exigentes, promoções por mérito. É importante que estamos com os olhos não só na população brasileira em curto prazo, mas pensando no futuro do Brasil e implementando as reformas", comentou o ministro da Economia.
Na saída do encontro, o deputador federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, afirmou que o Congresso logo analisará também a reforma administrativa e comemorou o acordo definido nesta manhã. "Essa é a nova maneira de nós fazermos articulação política, vamos acordar com os líderes primeiro e anunciar depois."
Após a discussão da reforma, disse o líder do MDB na Câmara, Fernando Bezerra (PE), deverá entrar em pauta no Congresso a discussão sobre o Renda Brasil, novo programa assistencial do governo federal,
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