DivulgaçãoCâmara decide que eleição à presidência será na feira Todo Segundo Da ReutersA Mesa Diretora da Câmara decidiu, em reunião na tarde desta segunda-feira (11), que a eleição do novo presidente da Casa ocorrerá na quarta-feira (13), mas os termos da disputa ainda precisam ser chancelados pelos líderes partidários, afirmou o primeiro-secretário, deputado Beto Mansur (PRB-SP).
Segundo Mansur, ficou definido que as candidaturas poderão ser registradas até às 12h da quarta-feira, e que a sessão de eleição da presidência deve ter início às 16h.
Cada candidato terá 10 minutos para discurso e tanto a ordem de fala quanto a sequência de nomes para votação serão definidas por sorteio. Todos esses detalhes, no entanto, ainda precisam ser chancelados pelo colégio de líderes, que deve se reunir às 18h desta segunda-feira.
Caso confirmem as definições, deve ser publicado um ato, ainda na noite desta segunda, para formalizar a decisão.
Excesso de candidatos à presidência da Câmara complica cenário
O excesso de candidatos à presidência da Câmara tumultua os prognósticos sobre quem comandará a Casa, mas ainda assim poucos dos postulantes devem desistir da disputa, avaliou uma importante liderança parlamentar.
Segundo esse deputado, há pouca margem de manobra para a negociação de desistências, mesmo dentro da base do governo, que não tem o que oferecer em troca da retirada de candidaturas. "Por que retirar? Não há o que oferecer", afirmou o parlamentar, explicando que não há cargos a serem oferecidos e pouca visibilidade para relatorias, diante do trabalho reduzido na Casa por conta da Olimpíada do Rio e das eleições em outubro.
Até o início desta tarde, a Secretaria-Geral da Câmara já registrava sete candidaturas ao posto, todas de partidos que integram a base. São eles Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES), Marcelo Castro (PMDB-PI), Fábio Ramalho (PMDB-MG), Heráclito Fortes (PSB-PI), Giacobo (PR-PR).
E esse número tende a aumentar, já que muitos tidos como candidatos certos ainda não registraram suas postulações, caso de Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que aguardava a definição das regras da disputa para oficializar a candidatura. Ambos integram a base e são encarados como fortes candidatos ao posto.
Embora Rosso negue, a candidatura dele é constantemente associada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enquanto Maia vem sofrendo críticas por negociar com o PT, seu tradicional e histórico adversário.
Outros candidatos, de partidos que fazem oposição ao governo interino de Michel Temer (PMDB), ainda podem surgir, uma forma de marcar posição e dar notoriedade à sigla, já que há tempo de fala reservado a cada candidato.