DivulgaçãoCasamentos aumentam e divórcios caem no Brasil, aponta IBGE Todo SegundoDo R7O Brasil registrou, em 2015, 1.137.321 casamentos civis, 2,8% a mais que em 2014, aponta o levantamento Estatísticas do Registro Civil, divulgado nesta quinta-feira (24) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O IBGE também constatou que, em 2015, houve declínio no número de divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais, tendo sido registrados 328.960, contra 341.181 em 2014: 12.221 divórcios a menos.
CasamentosDe acordo com o IBGE, ocorreram 1.131.707 casamentos entre pessoas de sexos opostos, o que representa 99,5% do total, e 5.614 entre pessoas do mesmo sexo em 2015, equivalente a 0,5%.
Os registros com casais formados por homens e mulheres subiram 2,7% no período de um ano. Já os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, autorizado pela Resolução 175 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), de 2013, aumentaram 15,7% em relação ao ano anterior.
De acordo com o IBGE, o incentivo à oficialização das uniões por meio de casamentos coletivos decorrentes de parcerias entre prefeituras, cartórios e igrejas, contribuiu, em grande medida, para o crescimento do número de casamentos oficiais em alguns estados brasileiros.
Considerando os casamentos entre sexos diferentes, as uniões entre cônjuges solteiros ficaram em primeiro lugar, com 76,0% do total das uniões legais. Em segundo, com 9,6%, estavam os casamentos entre mulher solteira e homem divorciado, seguidos pelos casais formados por mulheres divorciadas com os homens solteiros, 6,4%.
O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo mostrou que a maior proporção também se dá entre solteiros, com 86,7% entre os homens e 77,7% entre mulheres. Os diferenciais entre os sexos masculinos e femininos se deu, em maior medida, nas proporções de casamentos entre solteiros e divorciados, que foi mais expressivo entre casamentos femininos, com 19,4% dos registros, em relação aos homens, cujo percentual foi de 10,9%.
DivórciosAinda segundo o levantamento do IBGE, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio foi de 15 anos. Em média, o homem se divorciou com 43 anos e a mulher com 40.
A maior proporção (47,7%) de divórcios, de acordo com a pesquisa, aconteceu em famílias com filhos menores de idade. Em 78,8% dos casos, a guarda ficou sob a responsabilidade das mulheres em 5,2% ficou com os homens. A guarda compartilhada cresceu de 7,5%, em 2014, para 12,9% em 2015.
NascimentosO IBGE constatou ainda que um aumento no número de nascimentos. Foram registrados 2.945.344 nascimentos ocorridos em 2015, um aumento de 1,4% em relação a 2014 (2.904.964).
Regionalmente, houve crescimento nos nascimentos nas regiões Centro-Oeste (1,2%), Nordeste (2,3%), Sul (2,4%) e Sudeste (0,9%). Ao contrário das demais regiões, o Norte apresentou uma variação negativa de 0,3%.
Em um intervalo de 9 anos o percentual de registros tardios -- efetuados até 3 anos após os nascimentos -- caiu de 9,4% (2003) para 2,6% (2012).
Idade das mãesAinda segundo o levantamento, um quarto (25,14%) dos nascimentos eram de mães de 20 a 24 anos. Dez anos antes, em 2005, esse percentual era de 30,9%.
A participação dos nascimentos de mães com 30 e 34 anos e 35 a 39 anos, representavam, em 2015, 20,3% e 10,5% do total.
Mortalidade infantilAinda conforme o IBGE, houve aumento de 23,7% no volume de óbitos registrados no Brasil nos últimos 10 anos, passando de 992.477 registros em 2005 para 1.227.396 em 2015, em razão, sobretudo, do envelhecimento populacional.
A mortalidade infantil está em queda. Os óbitos de crianças com até 1 ano de idade passaram de 4,0% do total de registros de óbitos em 2005, para 2,5% em 2015. Na faixa até 5 anos, essa participação caiu de 4,8%, em 2005, para 3,0%, em 2015.
Ambas as taxas são as menores dos últimos 40 anos. Em 1974, as mortes de menores de 1 ano representavam 28,2% do total. Considerando os todos os menores de 5 anos, os óbitos representavam 35,6% do total.
Mortes violentasHouve redução significativa da quantidade de mortes por causas violentas (devido a causas externas como acidentes de trânsito, afogamentos, suicídios, homicídios, quedas acidentais) na faixa de 15 a 24 anos, tanto para a população masculina como para a feminina, na comparação 2005 a 2015, em Estados como o Rio de Janeiro (-37,5% entre os homens e -40,8%, entre as mulheres), o Distrito Federal (-34,9% e -10,3%) e São Paulo (-33,1% e -32,7%).
As mortes do tipo, no entanto, as mortes violentas cresceram em estados do Norte e Nordeste. Entre os homens, o maior aumento ocorreu em Sergipe (179,4%). No Amazonas, foi registrada a maior expansão de mortes violentas na população feminina (171,4%). Em números absolutos, as mortes violentas de homens passaram de 180 para 503 no Sergipe, enquanto as mortes violentas de mulheres no Amazonas cresceram de 21 para 57, entre 2005 e 2015.
Considerando somente as mortes por causas violentas, no grupo de 20 a 24 anos, a chance de um homem não completar os 25 anos cresce para 10,4 vezes em relação a uma mulher.