DivulgaçãoCunha tem até quinta para apresentar recurso da cassação no Conselho de Ética Todo SegundoDo R7 com Agência CâmaraO deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem prazo até esta quinta-feira (23) para apresentar recurso ou se manifestar sobre a decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar de aprovar o relatório que recomenda a cassação do seu mandato. O parecer do conselho foi publicado nesta quinta-feira (16), no Diário da Câmara dos Deputados. Pelo regimento, o deputado tem prazo de cinco dias úteis a contar da publicação para apresentar recurso.
O relatório foi aprovado nesta terça-feira (14) com voto decisivo da deputada Tia Eron (PRB-BA).
Cunha pode recorrer da decisão à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) contra quaisquer atos do conselho que considerar que tenham contrariado norma constitucional, regimental ou do Código de Ética.
Apresentado recurso, a CCJ também terá cinco dias úteis para se pronunciar sobre ele; caso contrário, a pauta do colegiado será trancada.
Se a CCJ acatar o recurso de Eduardo Cunha, o processo poderá retornar ao Conselho de Ética. Se o recurso não for acatado, o parecer do Conselho será encaminhado para Mesa Diretora, que, após a leitura no Plenário, a publicação e distribuição do texto, terá prazo de duas sessões ordinárias para incluí-lo na pauta da Ordem do Dia do Plenário, onde terá preferência sobre os demais. O processo não tranca a pauta do Plenário.
ProcessoNa terça-feira(14), o Conselho de Ética aprovou, por 11 votos a 9, parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que concluiu que o deputado afastado Eduardo Cunha mentiu em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em maio de 2015, sobre a existência de contas bancárias de sua propriedade no exterior, mais precisamente em bancos suíços.
Depois da decisão, Eduardo Cunha afirmou, em nota, que o processo foi todo conduzido com parcialidade e nulidades gritantes: “Essas nulidades serão todas objetos de recurso com efeito suspensivo à CCJ, onde, tenho absoluta confiança, esse parecer não será levado adiante”. Ele também disse confiar que, em Plenário, terá a oportunidade de se defender e reverter essa decisão.
Cunha alega que não mentiu à CPI, pois não era proprietário de conta, e sim beneficiário de um truste.