DivulgaçãoCunha tinha dinheiro ilegal no exterior pelo menos desde 2000 Todo SegundoDa BandEduardo Cunha (PMDB-RJ) movimentava ilegalmente recursos no exterior “no mínimo” desde o ano de 2000, aponta o documento do Ministério Público Federal (MPF) que pediu a prisão preventiva do deputado federal cassado e ex-presidente da Câmara.
O MPF destaca que há registro de duas transferências de cerca de US$ 11 mil, feitas naquele ano e em 2001, através de uma empresa offshore, a uma conta que tinha como beneficiário o político - na época, destaca o ofício, Cunha ocupava o cargo de presidente da Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (Cehab).
Cunha durou apenas seis meses na presidência da Cehab, de onde foi afastado em 2000 por causa de denúncias sobre irregularidades em contratos sem licitação e favorecimento de empresas fantasmas. Após mais de uma década, em janeiro de 2015, Cunha conseguiu se livrar da acusação de improbidade administrativa e superfaturamento de obras porque o processo prescreveu.
Muito antes da Cehab, porém, Eduardo Cunha já havia sido apontado como corrupto. Nomeado para comandar a Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro (Telerj) em 1991 pelo então presidente Fernando Collor de Melo, no ano seguinte ele teve problemas com o Tribunal de Contas da União (TCU), que constatou irregularidades na companhia.
Em 1993 Cunha foi exonerado da Telerj por causa da corrupção na estatal ligado a PC Farias, que resultaria no impeachment de Collor. Ele negou ter participado do esquema, mas em 1996 foi autuado em um processo que investigava o caso. O político, porém, conseguiu um habeas corpus do Tribunal Regional Federal, que na sequência trancou a ação contra o peemedebista.