DivulgaçãoCunha: CPMF está fadada à derrota fragorosa Todo SegundoDa Reuters
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira que a proposta do governo federal de recriar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) está "fadada a uma derrota fragorosa", mesmo com o apoio de governadores que foram ao Congresso pedir apoio ao tributo com uma alíquota maior que a proposta pelo governo nesta quarta-feira.
Em entrevista a jornalistas depois de se reunir com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), Cunha também disse que analisará um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff a ser protocolado na quinta-feira.
Partidos de oposição, na terça-feira, apresentaram uma questão de ordem ao presidente da Câmara dos Deputados, pedindo um posicionamento sobre diversos procedimentos relacionados ao tema, além de lançarem, na última semana, um movimento formal pró-impeachment.
A oposição vem avisando que pretende apresentar um recurso, caso Cunha rejeite os pedidos de impeachment que aguardam decisão na Casa.
Versão moderna de golpe
A presidente Dilma Rousseff afirmou, em uma entrevista à rádio Comercial de Presidente Prudente, interior de São Paulo nesta quarta-feira, que tentativas da oposição de usar a crise para chegar ao poder são uma "versão moderna" de golpe. A presidente disse que há pessoas no Brasil que torcem pelo "quanto pior, melhor", à espera de "uma oportunidade para pescar em águas turvas".
"Estes método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna do golpe", afirmou.
Quando perguntada sobre a atual situação política que o governo atravessa, Dilma Disse: "Acredito que tem ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular".
Em meio a um quadro de recessão econômica e crise política, a presidente defendeu que o país se una, "independentemente de posições e interesses pessoais e partidários", para mudar a situação atual. "É fundamental muita calma nesta hora, muita tranquilidade", disse. "O governo trabalha diuturnamente, incansavelmente, para garantir a estabilidade econômica e política do país", afirmou.
Dilma ainda reiterou confiança na recuperação econômica por meio das medidas que vêm sendo tomadas pelo governo, como o pacote de ajuste fiscal anunciado esta semana com o objetivo de assegurar superávit primário no Orçamento de 2016. "Nós estamos trabalhando intensamente para que nossa macroeconomia, nossa economia, se torne cada vez mais sólida para aumentar a confiança dos agentes econômicos em relação aos investimentos para permitir que o Brasil volte a crescer”.