16/07/2015 15:34:45
Brasil
Cunha: impeachment de Dilma não é improvável
Segundo presidente da Câmara dos Deputados, processo seria um passo atrás para a democracia e não deveria ocorrer
Agência BrasilCunha: impeachment de Dilma não é improvável
Todo SegundoO presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é improvável, mas seria um passo atrás para a democracia e não deveria ocorrer.

Cunha afirmou, em entrevista a jornalistas, que pediu análises jurídicas sobre pedido de impeachment protocolado na Câmara e espera ter uma posição nos próximos 30 dias.

O deputado afirmou ainda que seu partido já não “aguenta mais” a aliança com o PT, e que o discurso unificado do PMDB a favor de uma candidatura própria para a Presidência em 2018 foi um “recado” à sociedade.

O presidente da Câmara disse que o PMDB só manterá a aliança com o PT até o final do governo para cumprir o compromisso firmado nas urnas e manter a governabilidade do país. Segundo ele, não é “improvável” que a legenda saia a qualquer tempo do governo, mas esta não seria a postura “ideal”.

Durante um balanço sobre o primeiro semestre a frente da Câmara dos Deputados, Cunha explicou que a legenda tem responsabilidade com o país e que a população não entenderia uma saída do PMDB neste momento, mas acrescentou: “Se tem um partido que não quero fazer aliança hoje é o PT”.

O presidente da Câmara afirmou ainda que o PMDB nunca fez parte do governo e o fato de ocupar o comando de alguns ministérios “não significa nada”. Segundo ele, as pastas interessam apenas aos ministros mas não contempla ou inclui as posições do partido na tomada de decisões.

“O PMDB não está no governo. Estão os ministros, mas se pegar a estrutura abaixo é toda do PT. O PMDB não manda nos ministérios. A gente fica com o ônus e não com o bônus.  A aliança não teve apoio de 40% do partido. E esses mesmos 40% continuam contrários ao governo. O PMDB só serviu para votar e nunca para preparar uma elaboração política,” avaliou.

Da Reuters, com Agência Brasil


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