Pela primeira vez desde que foi implantado o voto eletrônico no Brasil, o ministério da Defesa participará da checagem da totalização de votos, por amostragem. Serão designados militares do Exército, Marinha e Aeronáutica para fotografar boletins de urna e remeter a informação para a sede do ministério da Defesa, em Brasília. O procedimento será adotado em 480 urnas por todo o país.
Fonte militares reforçam que a iniciativa não resultou de qualquer acordo entre a Defesa e o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. “Esta é uma tarefa que está na lei. Está na resolução do TSE que qualquer brasileiro, partido político, entidade, organização pode fazer”, ressalta a fonte. “Também não foi pedida permissão porque está na lei. É perfeitamente possível” - completa. Tampouco se trata de procedimento para "validação" do processo eleitoral, sustenta a fonte.
O boletim é emitido pela urna após o encerramento das votações, em 2 de outubro. O recurso permite a conferência da fidedignidade dos votos registrados eletronicamente. A informação acumulada em cada urna é conduzida a um cartório eleitoral, que totaliza os votos e comunica o resultado diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.
O procedimento adotado este ano pela Defesa é uma novidade. Também pela primeira vez, os militares integram a “entidade fiscalizadora” - comissão criada pelo ex-presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, no esforço por distensionar as relações com o Executivo.
“Vale lembrar que o Tribunal de Contas da União vai fazer também este acompanhamento, só que com uma amostra muito maior de urnas, cerca de 4 mil” - informa interlocutor de alta patente militar. “Não tem nada a ver com biometria”, ressalta.
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