Roberto Stuckert FilhoDilma se disse "estarrecida" com previsões do FMI para economia do paÃs Todo SegundoA presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira, 22, que ficou “estarrecida” com a piora das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia brasileira. A presidente criticou a parte em que o órgão previu a “continuidade da situação crítica no Brasil”.
“Estou estarrecida com o relatório do Fundo Monetário Internacional, a gente sabe que o fundo fala muita coisa”, afirmou. Nesta semana, o FMI piorou a perspectiva de queda da economia brasileira em 2016 e informou que não vê mais retomada do crescimento em 2017 – como era previsto pela entidade em outubro. A piora na economia brasileira vai pesar sobre a economia mundial como um todo, segundo o fundo.
Para não assumir sua incompetência na gerência econômica do país, Dilma citou, em seguida, o trecho em que o relatório atribui a situação crítica do país não à economia, mas à instabilidade política e às investigações da Operação Lava Jato.
“Ao que ele [FMI] atribuía a situação crítica do Brasil? Não era da economia, eram duas coisas. Instabilidade política e o fato de as investigações quanto à Petrobras terem prazo de duração maior e mais profundo do que eles esperavam, e que isso seriam os dois principais fatores responsáveis pelo fato de eles terem de rever posição do FMI em relação ao crescimento da economia no Brasil”, continuou Dilma.
Para a presidente, os investimentos voltarão ao país e o Brasil retomará o crescimento. “Temos todos os fundamentos sólidos para isso”, garantiu, ao acrescentar que o processo de inclusão social não será interrompido e que educação continuará sendo a questão central de sua gestão.
“Tenho certeza de que vamos estabilizar politicamente o país, vamos assegurar ao país a tranquilidade para voltar a crescer. Na democracia, é absolutamente normal que a oposição e qualquer um critiquem e se manifestem. Não podemos aceitar que as questões essenciais para o país não sejam objeto de uma ação conjunta visando a garantir que nós voltemos a gerar empregos e renda. Nós faremos a nossa parte”, destacou.
Do Diário do Poder