A economia brasileira cresceu 1,1% em 2019. Este é o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), apresentado nesta quarta-feira (4) no Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar do crescimento, o resultado do PIB foi inferior ao registrado em 2017 e 2018, com taxa de 1,3% em ambos.
O PIB totalizou R$ 7,3 trilhões no ano, com altas no crescimento da agropecuária (1,3%), na indústria (0,5%) e serviços (1,3%). O consumo das famílias também aumentou no ano (1,8%).
A taxa de investimento em 2019 foi de 15,4% do PIB, acima do observado em 2018 (15,2%). Já a taxa de poupança recuou, passando de 12,4% em 2018 para 12,2% em 2019.
A coordenadora das Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, afirma que resultado ainda não recuperou perdas de anos anteriores. Em 2015, a economia encolheu 3,5% e, em 2016, 3,3%.
“São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013. A maior contribuição para o avanço do PIB vem do consumo das famílias, que cresceu 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que representa dois terços da economia”, afirma Palis.
Destaques positivos
Com apenas 5% do cálculo do PIB, as maiores influências no setor agropecuário foram lavouras como milho, algodão, laranja e feijão. No sentido contrários, os setores com maior encolhimento no ano foram em culturas de café, arroz, soja e cana.
A pecuária foi influenciada positivamente pelo estreitamento da relação comercial com a China, principalmente por causa da peste suína no país asiático.
O setor de serviços foi puxado por atividades de informação e comunicação, atividades imobiliárias, comércio, outras atividades de serviços, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e transporte, armazenagem e correio.
Na indústria, o bom desempenho se deve ao crescimento na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, puxada pelo crescimento de 1,6% na construção. Já o destaque negativo ocorreu em indústrias extrativas.
“A indústria teve um comportamento diferente em relação a 2018, puxada pelo crescimento na construção, após cinco anos de desempenho negativo. Já a indústria de transformação, que havia crescido mais em 2018, ficou estagnada em 2019”, afirma Palis.
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