Divulgação/SBTEdir Macedo conversa com Roberto Cabrini: “Eu não tenho nada a esconder”

O bispo Edir Macedo, líder e fundador da Igreja Universal e proprietário da Rede Record, relatou sua trajetória de vida numa longa entrevista concedida ao jornalista Roberto Cabrini e exibida durante o Conexão Repórter, do SBT, na noite deste domingo (26). 

O nome do bispo chegou aos trending topics do Twitter já nos primeiros minutos. Usuários da rede social chamaram a conversa com Cabrini de “uma aula de transparência e sinceridade extrema” e Edir Macedo de “um homem franco e inteligente”.

O programa de uma hora e meia mostrou a infância simples do bispo Macedo, na cidade de Rio das Flores (RJ), relatou os acontecimentos que transformaram sua fé e a trajetória do homem que fundou a igreja que hoje tem 6.000 templos no Brasil.

Bispo Macedo recebeu Cabrini em seu escritório dentro do Templo de Salomão, no bairro do Brás, em São Paulo, e concedeu uma entrevista franca.

— Eu não tenho nada a perder, mesmo. Não tenho nada a esconder.

Ao jornalista, ele contou que é um homem tímido e reservado. Quando questionado sobre o que vê quando se olha no espelho, respondeu com bom humor.

—  Eu sei o que você quer dizer, mas eu não me vejo como uma pessoa dessa importância que você e as pessoas dão. Eu sou tímido. Eu gosto de ficar no meu cantinho. Eu vejo essa pessoa tímida 24 horas por dia. Mas não quando estou no altar, aí a coisa muda de figura. Quando estou falando da fé, aí o gigante se levanta.

A fé do bispo Macedo foi o que transformou a vida dele. Católico no início da vida, mas segundo ele não por opção, começou a questionar as próprias crenças ao ver o sofrimento de uma irmã que enfrentou graves problemas de saúde. Mas foi o nascimento da filha, Viviane, em 1975, o divisor de águas da história de Edir Macedo, que na época frequentava os cultos de uma igreja evangélica.

— Só senti uma coisa: era um momento de decisão. Eu cheguei a uma encruzilhada. Ou eu ia para um lado ou para o outro.

Viviane nasceu com fissura labiopalatal. Ao ver o choro da mulher, Ester, com a filha recém-nascida no colo, Edir Macedo reagiu.

— Eu dizia: “Agora, neste momento, eu decido abandonar, com você ou sem você, a igreja. Agora eu estou sentindo na pele, na carne, nos nervos, o que o povo lá fora sente. A dor de ver uma filha nascer com um problema”. Ali começou a Igreja Universal.

A Cabrini, o bispo Macedo contou que começou seu trabalho como pastor em um coreto de uma praça no Méier, Rio de Janeiro. Como não tinha dinheiro para pagar o aluguel da primeira sede da nova igreja, sua mãe, dona Geninha, foi a fiadora. E, no dia 9 de julho de 1977, foi realizado o primeiro culto da Igreja Universal.

— Eu fundei uma escola, uma universidade que ensina a vida, que ensina os caminhos da salvação, os caminhos da eternidade.

Na entrevista, Edir Macedo contou que não tem relação alguma com a Igreja Católica, mas respeita outros religiosos. O bispo também falou sobre as críticas que já recebeu e declarou não se preocupar com elas.

— Eu vivo no mundo de Deus, que é um mundo de paz, um mundo de tranquilidade.

Na conversa com Cabrini, o bispo falou sobre o orgulho que sente dos projetos assistenciais desenvolvidos pela Igreja Universal, como a escola Nova Canaã, revelou que no Brasil a igreja é responsável por 50 mil empregos, e recordou a compra da Rede Record, em 1989.

— A Record veio para assumir o “nada a perder”. Se Deus é conosco, nós vamos colocar a verdade no ar. Vamos mostrar que a verdade não é aquilo que está do outro lado. Há um outro fato, um outro lado da moeda. E isso fez o Brasil despertar. Hoje temos um Brasil democrático, eu diria, em grande parte, por causa da Record.

O bispo Macedo falou com carinho da mulher, Ester, que disse ser dócil, meiga, carinhosa e compreensiva. Contou que, quando a conheceu, se apaixonou e soube que havia encontrado a pessoa certa, e define seu casamento, que em mais de 40 anos nunca passou por uma crise, como uma “parceria inabalável”.

Quando Cabrini questionou quem é Edir Macedo, o bispo afirmou que é um grande homem de Deus, e respondeu ao jornalista que lugar acredita que irá ocupar na história.

— Na minha história, a história do meu mundo, eu vou ser chamado de um ganhador de almas, só isso. 

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